O ex-ministro da Agricultura e ex-governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, ressaltou que apesar das novas produções de energia terem surgido nos últimos tempos, a transmissão ainda é um obstáculo para o setor. A declaração foi feita nesta terça-feira (21), na abertura do seminário realizado pelo Sindicato da Construção, Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Gás (Sindenergia) que trata sobre os desafios da transição energética no estado.

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Ele comentou que atualmente a distribuição de energia é feita pelas concessionárias e se todos usuários começarem a produzir sua própria energia, e quiserem transitar pelas redes, sem pagar impostos, quebraria o “sistema”.

Para evitar que isso aconteça, ele explica que o governo federal tem retirado a isenção de impostos dos painéis solares fotovoltaicos para que o processo ande normalmente e não prejudique todo o curso.

“Mato Grosso tem crescido bastante nessa área de fotovoltaica e a grande vantagem da geração fotovoltaica é que é um sistema distribuído, não só de energia, mas distribuído no investimento, centenas de pequenos projetos viram grandes projetos no final”, comentou.

Ao ressaltar o crescimento de novas produções, Blairo disse que a produção de energia fotovoltaica no país se compara ao que é gerado pela usina hidrelétrica de Itaipu.

“Itaipu foram alguns bilhões de dólares para construir e tem um único devedor que é o Governo Federal. Cresceu tudo isso e não tem dívida para ninguém, porque ele é compartilhado, muita gente pode fazer esse investimento. Então, assim, acho que a sociedade, o mundo achou um jeito barato de fazer energia. Agora, a transmissão da energia é um negócio mais complicado que vai depender que todo mundo pague um pouco para andar com isso”, destacou.