Os testes com o novo sistema de pesagem de carcaças em frigoríficos de carne bovina começarão no próximo mês em Mato Grosso. A informação é do presidente do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), Luciano Vacari. Os testes iniciais serão realizados na planta do Marfrig localizada em Tangará da Serra.
O Imac possui quatro pilares de atuação: padronização e tipificação da carcaça; promoção e marketing da carne; orientação ao consumidor e ajudar na criação de produtos; garantia de origem da carne e sistema de balança.
O projeto do Governo de Mato Grosso é pioneiro no Brasil, tendo recebido reconhecimento durante o Global Agrobusiness Forum 2016, no mês de julho, e de grandes redes supermercadistas, como é o caso do Carrefour.
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Segundo Vacari, cinco critérios foram definidos para o reconhecimento do produto mato-grossense. Ele pontua que a balança nos frigoríficos é um deles e que não se pode certificar esse produto sem que todos os critérios estejam prontos.
“As balanças já instaladas e irão ser testadas na unidade da Marfrig em Tangará da Serra e assim que os testes estiverem prontos nós vamos levar para todas as unidades frigoríficas do Estado. Em setembro começamos os testes e esperamos finalizá-los no mês de outubro”, comenta Vacari.
O presidente do Imac pontua que todos os frigoríficos instalados em Mato Grosso já mostraram interesse em aderir ao sistema de pesagem de carcaça do Imac. Hoje, no Estado 22 plantas frigoríficas estão em atividade de um total de 40.
Paralisação JBS em Colíder
Conforme Vacari, a possível paralisação da unidade da JBS em Colíder em decorrência a falta de água em seus reservatórios, como destacado recentemente pelo Agro Olhar, é uma questão de operacionalização.
“Cada planta frigorífica tem seu modelo de captação de água. Sabemos que a água é um componente fundamental para a indústria e também sabemos que por conta de toda a estiagem que tivemos alguns lugares do Estado vem sofrendo mais do que outros. Isso é um assunto técnico que eles precisam sentar e resolver. Mas, nós imaginamos que não será por conta de um problema operacional que nós vamos ter paralisada unidades de abates no Estado, pois seria muito ruim para todo o mundo”, salienta.