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reforma de pastagens

Pecuaristas de Mato Grosso reclamam falta de recursos do FCO temendo perdas em 2013

16 Nov 2012 - 12:32

Especial para o Agro Olhar - Thalita Araújo

Foto: Reprodução

Pecuaristas de Mato Grosso reclamam falta de recursos do FCO temendo perdas em 2013
Os pecuaristas do Estado, através da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), reclamam que não estão conseguindo acessar o Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) por falta de recursos. Segundo a associação, existem R$ 175 milhões em cartas consultas aprovadas que não poderão ser disponibilizados este ano por falta de verbas.

O receio da Acrimat é que, sem a liberação dos recursos no prazo, a produtividade possa ser bastante comprometida em 2013. A reforma de pastagens, por exemplo, deve ser feita agora, no período de chuvas, para atingir o resultado ideal.

Os recursos do FCO Rural são provenientes do Imposto de Renda recolhido no Estado e dos pagamentos feitos em referência a empréstimos anteriores.

De acordo com o Gerente de Negócios – Mercado Agro do Banco do Brasil, Brasiliano Brasil Borges, a instituição já ultrapassou em R$ 135 milhões os recursos orçados para 2012. A previsão era de R$ 665 milhões e já foram contratados R$ 800 milhões. Os demais R$ 175 milhões já aprovados, segundo Brasil Borges, não poderão ser disponibilizados este ano.

O superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, destaca que o governo Federal e o Banco do Brasil anunciam linhas de financiamento e depois não conseguem honrar. “Se não há recursos, eles precisam parar de ‘vender’ o crédito. Atraem os produtores para agências com a promessa de empréstimos e depois não concretizam os contratos”, reclamou Vacari.

Plano B

Pecuarista na região de Pontes e Lacerda (450 km de Cuabá) Luciomar Machado corre o risco de atrasar o projeto de reforma de pastagem em sua propriedade por falta de recursos. Sua carta consulta foi aprovada para recuperação de mil hectares, porém, o Banco do Brasil se recusa avaliar o projeto.

“Vou ter que tocar o projeto com recursos próprios para não passar o tempo certo de recuperar. Preciso aproveitar o período de chuvas, não posso esperar a liberação só no que vem”, afirma, salientando que o produtor que não tiver condições de fazer o desembolso próprio perderá um ano.

Para  Vacari, os impactos para a pecuária são graves, uma vez que os investimentos precisam ser feitos no momento exato, de acordo com as chuvas e demais condições do tempo.  “Não adianta liberar recursos ano que vem para aqueles que possuem necessidade agora. A falta de investimentos trará prejuízos para a pecuária em 2013 e poderá comprometer a produção de carne”, pontua.

O Banco do Brasil

O gerente do Banco do Brasil, Brasiliano Borges, afirma que estão negociando a liberação de recursos de outras fontes, como o Manual de Crédito Rural (MCR), mas que os juros são maiores, fixados na casa dos 5%.

No FCO Rural a alíquota pratica varia entre 2,5% e 3% ao ano. “Neste momento vamos tentar, mas não há como garantir a liberação deste recurso. O que podemos afirmar que as cartas consultas aprovadas este ano terão prioridade a partir de janeiro do ano que vem”, explica. As informações são da Acrimat.

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