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Domingo, 19 de maio de 2024

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violência no campo

Índios tentam invadir fazenda e são recebidos à bala; um é atingido na coluna

De acordo com um terena, Alves foi baleado enquanto acompanhava um grupo de cerca de 100 índios que tentavam ocupar uma propriedade vizinha à Fazenda Buriti. “Os parentes não chegaram a entrar na fazenda porque foram recebidos à bala. Um dos tiros atingiu o Josiel [Alves], que continua internado. Nós agora recuamos, mas continuamos na Buriti”, acrescentou.

Foto: Marcos Erminio - Campo Grande News

MInistro discute situação em MS com índios da etnia terena

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O estado de saúde de Josiel Gabriel Alves, 34 anos, índio terena atingido nesta terça-feira (04) por um disparo de arma de fogo na coluna  -embora não corra risco de morrer e esteja consciente, é considerado grave. Alves é primo de Osiel Gabriel, 35 anos, morto na última quinta-feira (30), durante a desocupação da Fazenda Buriti.


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Josiel foi baleado durante um novo confronto ainda não esclarecido ocorrido na região de Sidrolândia (MS), onde fica a Fazenda Buriti. Um índio da mesma etnia foi morto na última quinta-feira (30), durante uma ação coordenada pela Polícia Federal (PF) para desocupar a fazenda.

De acordo com um terena, Alves foi baleado enquanto acompanhava um grupo de cerca de 100 índios que tentavam ocupar uma propriedade vizinha à Fazenda Buriti. “Os parentes não chegaram a entrar na fazenda porque foram recebidos à bala. Um dos tiros atingiu o Josiel [Alves], que continua internado. Nós agora recuamos, mas continuamos na Buriti”, acrescentou.

A vítima recebeu, nesta quarta-feira (05), a visita do assessor do ministro da Justiça Marcelo Veiga. Técnicos da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) acompanham o atendimento a Josiel Gabriel Alves. Segundo o diretor técnico da Santa Casa de Campo Grande, Luis Alberto Hiroki Kanamura, o projétil continua alojado perto da sétima vértebra da coluna cervical.

Médicos neurologistas especialistas em coluna aguardam os resultados da ressonância magnética e da tomografia para decidir se há possibilidade de intervenção cirúrgica e verificar se há riscos de seqüelas, conforme noticiou a Agência Brasil.

Segundo Otoniel Terena, irmão de Gabriel e primo de Alves, os índios se sentem injustiçados e abandonados pelo Estado brasileiro. “Um índio teve que ser morto para o governo fazer algo”, disse Otoniel à Agência Brasil, referindo-se à ida do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a Mato Grosso do Sul hoje.

Antes de Josiel e seu primo, um produtor de 67 anos também foi morto durante os conflitos na área, que já se arrastam por meses. 
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