Olhar Agro & Negócios

Sexta-feira, 03 de maio de 2024

Notícias | Economia

Setor de máquinas agrícolas permanece aquecido, apesar de queda na produção industrial do país

Nos últimos doze meses, a comercialização de tratores e colheitadeiras cresceu 23%. Mas a alta do dólar põe o setor em alerta e deve refletir no preço de tratores e colheitadeiras ainda este ano.

O crescimento da produção no campo, principalmente com a grande safra de grãos e também o aumento no preço de commodities, como soja e milho, são motivos para o bom momento do setor de máquinas agrícolas. O acesso ao crédito é outro fator importante.

Hoje, nós temos uma linha através do BNDES com juros de 3,5% ao ano para o agricultor. A produção agrícola positiva, somando com a disponibilidade de crédito, faz com que o agricultor invista cada vez mais no seu negócio, invista em tecnologia e proporcione uma maior produtividade na agricultura nacional – diz Alexandre Vinícius de Assis, gerente de vendas da Valtra.

Mas o bom momento das fornecedoras de máquinas para o agronegócio é uma exceção. Outros setores da economia não estão no mesmo ritmo. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou que no primeiro semestre deste ano houve queda da produção industrial, com redução do número de trabalhadores e dos lucros, além de aumento da ociosidade das fábricas e dos estoques.

A valorização do dólar, cotado acima de R$ 2,20, deve ser transferida para os preços dos equipamentos e já preocupa a indústria de máquinas agrícolas, que espera queda nas vendas para o próximo ano.

Hoje a nossa linha de produtos é dependente de muitos itens importados. Se o câmbio varia para cima, consequentemente isto é repassado para o custo de produção e para o agricultor – aponta Assis.
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