Os cerca de 30 jovens que participaram neste fim de semana do projeto “Futuros Produtores do Brasil”, programa idealizado e executado pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), que objetiva iniciar filhos de agricultores e pecuaristas no agronegócio, verificaram in loco como funciona uma propriedade-empresa de proporções continentais.
Escassez de capital intelectual é uma das principais preocupações do agronegócio Veja fotos
Primeiro encontro do projeto 'Futuros Produtores do Brasil' ocorre neste sábado (25)
A fazenda do Grupo Bom Futuro visitada pelos participantes, onde são cultivados milho, soja e algodão, além de pecuária, piscicultura e reflorestamento, possui uma área total de 45.949 hectares, sendo 41.267 ha destinados à agricultura, 3.032 há à pastagem e 1.650 ha de reflorestamento.
Com o propósito específico de despertar nos jovens, filhos de produtores rurais e empresários ligados aos segmentos do agronegócio, a paixão pelo setor, como preconiza a assessoria de imprensa da Famato, o evento mesclou palestras do diretor executivo da Famato, Seneri Paludo, da sócia-fundadora da empresa Defamília, Priscilla Mello e do engenheiro agrônomo Cid Ricardo dos Reis, do Grupo Bom Futuro, com visitas as lavouras e as instalações da fazenda, dentre eles os armazéns da Fazenda São Miguel – de propriedade do grupo.
O estudante de Agronomia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Pedro Luiz Miler, 19 anos, de Tabaporã, foi inscrito no programa pelo tio, que assim como seu avô, trabalha com pecuária. “A priori pretendo trabalhar com pecuária e dar continuidade ao labor da família; porém estou começando o curso agora e ainda tenho muito tempo para decidir em que área do agronegócio vou atuar”.
O estudante falou da importância de participar de um evento desta natureza, que ajuda no direcionamento a ser tomado futuramente, e na escolha da carreira que irá seguir. “Programas como este suprem a necessidade que temos de ir à campo; na faculdade temos muita teoria e pouca prática”, analisou Miler.
A estudante do Ensino Médio, Natália Becker, 15 anos – a mais jovem do grupo -, natural de Tapurah, também vem de uma família de agricultores e desde criança vivência o trabalho no campo. “Eu sei o que é a vida na roça, sempre ajudei meus pais na lavoura porque não tínhamos empregados, e quando eu soube do projeto eu fiquei animada, pois isso vai contribuir para meu currículo e vai me munir com ferramentas de conhecimento, que me possibilitarão dar continuidade ao trabalho da minha família”.
O jovem Adriano Jacob, 20 anos, nascido e criado em Paranaíta, carrega em sua biografia história similar a de Pedro Luiz e Natália. “Desde criança vi meus pais na lavoura e sempre estive com eles, e acho que isto despertou em mim o interesse pela agropecuária”. A experiência de vida fez com que Adriano prestasse vestibular para Agronomia, numa tentativa de ingressar nesta seara e dar continuidade ao trabalho dos pais.
