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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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baixa competitividade

Produtos madeireiros de MT são quase 50% mais caros que dos concorrentes

Foto: Ednilson Aguiar

Produtos madeireiros de MT são quase 50% mais caros que dos concorrentes
A baixa competitividade dos produtos madeireiros em Mato Grosso é resultado dos altos preços da pauta que são, em média, até 47% maiores que os valores praticados nos principais estados produtores: Pará, Rondônia e Acre.

Regiões tradicionais na produção de madeira têm menor custo de produção

De acordo com a assessoria do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem-MT), a lista de preços mínimos estipulada pela Secretaria de Fazenda de Mato Grosso (Sefaz) não condiz com a atual realidade do mercado, já que esses produtos sofreram uma desvalorização com a queda nas exportações e aumento da oferta no mercado interno.

A superintendente de Desenvolvimento Sustentável do Cipem, Sílvia Regina Fernandes, destaca que a diferença entre os preços vigentes no mercado e os valores fixados pelo governo, compromete a competitividade do setor de base florestal de MT. “Desta forma o estado fica impedido de comercializar sua produção a preços inferiores àqueles definidos pela Sefaz, e o resultado é que as indústrias madeireiras locais não conseguem colocar seus produtos no mercado interno”, explica Sílvia Fernandes.

O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou comparação de preços de 265 produtos de um total de 374 itens citados na atual lista. No levantamento o instituto também avaliou a incidência dos tributos para atividade madeireira estadual.

“A madeira beneficiada para assoalho, deck ou forro acima de 1,80 metros tem o valor estipulado a R$ 1.633 mil o metro cúbico no Estado, enquanto em Rondônia a média vigente é de R$ 1.406 mil (m3) e no Pará se mantém em R$ 1.159 mil (m3)”, aponta comparativo feito pelo Imea.

O levantamento mostra que a pauta vigente no MT é mais complexa, dificultando a fiscalização e o acompanhamento periódico dos preços de mercado, comprometendo a competitividade dos produtos de base florestal do Estado no cenário nacional.

Análise

Empresário do setor e presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso (Sindusmad), José Eduardo Pinto complementa que os valores previstos na atual pauta implica em recolhimentos de impostos ainda mais elevados. "Aumentando o custo da tributação o setor fica menos competitivo”, analisou José Pinto.
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