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Perdas

Produção de sementes de soja pode ser prejudicada em Mato Grosso se chuvas continuarem

“A umidade em excesso neste período não atrapalha apenas a colheita mecânica, mas a qualidade do grão, causando modificações fisiológicas a ponto de torná-lo inutilizável para produção de semente”

04 Fev 2013 - 13:27

Especial para o Agro Olhar - Thalita Araújo

Foto: Reprodução

Produção de sementes já será pelo menos 20% menor por causa da umidade na colheita

Produção de sementes já será pelo menos 20% menor por causa da umidade na colheita

Enquanto as chuvas deveriam dar uma trégua para a colheita de soja – e não dão – os produtores de sementes da oleaginosa em Mato Grosso preocupam-se com as consequências. Se a umidade continuar tão alta, a produção pode ser seriamente prejudicada e poderá até faltar sementes para a próxima safra.

Na Agro-Sol Sementes, em Campo Verde (130 km de Cuiabá), as lavouras de variedades precoces de soja ainda não foram todas colhidas, aguardando alguns dias seguidos de sol, o que não tem acontecido. As chuvas no município têm sido abundantes ainda.

“A umidade em excesso neste período não atrapalha apenas a colheita mecânica, mas a qualidade do grão, causando modificações fisiológicas a ponto de torná-lo inutilizável para produção de semente”, explica o engenheiro agrônomo Pedro Tales Tomazelli, da Agro-Sol.

Mesmo não servindo para o fim esperado, os grãos podem ser vendidos para a indústria, dependendo das condições. No entanto, o problema passa a ser o prejuízo financeiro, já que uma lavoura destinada a grãos para semente requer investimentos muitos mais altos, sobretudo na aplicação de mais inseticidas.

Questionado sobre uma estimativa de perdas, o agrônomo diz que a produção de sementes já será pelo menos 20% menor na empresa, e esse percentual irá crescendo na medida em que o tempo passar e as chuvas persistirem.

No ano passado, a Agro-Sol sementes produziu 264 mil sacas de sementes. A projeção para este ano seria 300 mil sacos. “Pode faltar sementes no Estado para o próximo plantio e, se isso acontecer, os preços certamente irão subir”, analisa Pedro.

O engenheiro agrônomo ainda acrescenta que a falta de chuvas regulares no início do plantio também foi um fator prejudicial, pois afetou a produtividade e a qualidade dos grãos de soja nas lavouras. “Esse foi um ano muito ruim para semente”, finaliza.
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