Os cinco primeiros meses desse ano registram um significativo aumento no número de abate de fêmeas na pecuária mato-grossense. De acordo com a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), até maio de 2013 aproximadamente 1,28 milhão de fêmeas foram abatidas, número que representa mais da metade do total, 53%.
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Os números são resultado de uma pesquisa encomendada pela associação ao Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e, segundo o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, refletem a falta de renda na pecuária e problemas que vem ocorrendo no campo.
“Com o pasto degradado e sem renda para fazer a recuperação o produtor é obrigado a reduzir o plantel e para isso envia as fêmeas para o frigorífico”, afirma Vacari.
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Ele explica que desde 2011 o abate de fêmeas vem sofrendo aumento. Um ano antes, em 2010, uma forte seca desestabilizou a atividade. Em 2011, os pastos sofreram ataque de cigarrinhas e a falta de capitalização do setor impediu a normalização da situação.
“A função da fêmea é gerar bezerros e não há motivos para liquidar o rebanho quando há lucro na atividade. Porém, os preços pagos aos produtores não remuneram a atividade como deveria e não permite investimentos”, explica o superintendente da Acrimat, acrescentando que o número do rebanho mato-grossense vai começar a sentir impactos negativos como consequência.