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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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Mercado interno é alternativa para baixa procura do algodão no comércio internacional

Foto: Reprodução/Ilustração

Mercado interno é alternativa para baixa procura do algodão no comércio internacional
A restrição da demanda mundial pelo algodão, somada a limitação de oferta do produto no mercado interno – causada pela retração na área de plantio -, resultará em aumento no preço pago pela indústria têxtil ao algodão no mercado doméstico.

Queda na produção de algodão em Mato Grosso pode chegar a 42%, aponta Imea
Indicador do algodão sobe quase 15% na parcial de janeiro, segundo indicador

A análise, feita por técnicos de órgãos como Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), indica que o valor pago por indústrias do setor, como a Santana Têxtil, com unidade em Rondonópolis (MT), vai ser maior que o da cotação da commodity nas negociações globais, distanciando o preço operado pela indústria local do praticado no mercado mundial.

Consumo interno de algodão deve crescer e exportações devem sofrer queda de 35%
Defasagem no preço mínimo do algodão

Na avaliação de especialistas, o mercado interno pode pagar até 15 % a mais pela fibra. A prática diferenciada na compra do algodão se deve, novamente, a diminuição da área de cultivo. Em MT, maior estado produtor da commodity, estimativa da Ampa indica que o total da área a ser cultivada deverá ficar em torno de 464 mil hectares. Em 2012 a porção de área cultivada ficou acima de 720 mil hectares.

No Brasil, a redução da área plantada será de 33% - na safra 2011/12 foi de 1,3 milhão de hectares. Este ano, deve ficar em torno de 930 mil. Em MT boletim do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) apontou queda de 42% na produção da commodity.

Com a média do preço da commodity cotada em US$ 0,75 por libra-peso no mercado mundial e o custo da produção a US$ ,085, muitos produtores tem optado por reduzir a área de plantio e ampliar o investimento em outras culturas, como soja e milho, que estão com a demanda em alta, observa o presidente da Ampa, Milton Garbugio.

Preço mínimo
Com a decisão anunciada pelo governo chinês de adquirir somente metade do volume que costumeiramente compra, produtores querem dialogar com Conselho Monetário Nacional (CNM), responsável pela definição dos preços mínimos de todos os produtos das atividades agrícolas, para o que a entidade reajuste o preço mínimo pago pelo governo ao algodão produzido no Brasil, por entender que existe defasagem no preço mínimo oferecido pela União. O trabalho executado pelo CNM leva em conta fatores que tem influência direta nas cotações dos mercados internos e externos e os custos de produção.

Caso se concretize, a tomada de decisão por parte do Conselho tem prazo de 60 dias, antes do início do período de plantio, para ser posto em prática.

O reajuste do preço mínimo não sofre alteração desde 2003, quando foi fixado em R$ 44,60 por arroba.
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