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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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USINAS FLEX

Empresários pretendem produzir etanol de milho em Mato Grosso

Foto: Ilustração

Usina flex custa R$ 230 milhões e dá retorno em 5 anos

Usina flex custa R$ 230 milhões e dá retorno em 5 anos

O setor produtivo do ramo de biocombustíveis pediu, ao governo federal, a viabilização de uma linha de crédito específica para a implantação, em Mato Grosso, de “usinas flex” – capazes de produzir etanol de cana-de-açúcar e de milho.

A solicitação foi deita nesta quarta-feira, ao ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, pelo consultor na área do agronegócio e presidente-executivo da União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio), o ex-ministro da Agricultura Odacir Klein.

O secretário de Política Agrícola, Neri Geller, também participou da reunião.

Integrantes da Aprosoja e produtores visitam usina flex para difundir etanol de milho

O ex-ministro Klein, junto com um grupo de especialistas da iniciativa privada, busca incentivos específicos para a atividade com o objetivo de aproveitar o excedente da produção da cultura para incremento em outras ramificações, sobretudo no Estado de Mato Grosso, onde a expectativa para a atual safra é de 76 milhões de toneladas de milho.

A exemplo do Biodiesel implantado no Brasil e da experiência norte-americana, o potencial produtivo processado nas unidades em comparação com outras culturas apresenta ganhos superiores, segundo amostragem técnica apresentada na reunião.

Usimat é pioneira na produção de etanol de milho no país e aumentará produção em 2013

Durante o encontro foi lembrado que uma tonelada de milho atinge 420 litros de etanol, 317 quilos de farelo, além de outros componentes e derivados de óleo. O custo de investimento por unidade está estimado em R$ 230 milhões, com a expectativa de retorno do capital empreendido em torno de 5.2 anos.

O ministério acenou com a possibilidade de intermediar junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) uma nova linha de crédito para esta finalidade. Agregar o valor de produção do milho é uma das prioridades do projeto. Além disso, as unidades de processamento também estão planejadas para adaptação e aproveitamento de sorgo – mais resistente à seca. Atualmente, as indústrias estão preparadas apenas para o processamento de farelo de soja.

Para Mendes, é preciso aproveitar o potencial do milho como mais uma alternativa para o produtor. Já o secretário Neri Geller explica que o Brasil tem potencial para garantir uma performance sustentável e com menor custo.

O assunto sobre aproveitamento e abastecimento de grãos no país – especialmente o milho –, já havia sido colocado em discussão durante a reunião do Conselho Interministerial de Estoques de Alimentos (Ciep) pelos ministros Mendes Ribeiro, Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário) e o ministro interino Nelson Barbosa (Fazenda).

Ainda que a atual produção priorize a produção de alimentos, foi considerado para o excedente um potencial estratégico para utilização de etanol, consumo animal e humano, informa a assessoria de comunicação do Ministério da Agricultura.
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