Um dos principais fatores que levam propriedades rurais a prosperarem é a gestão responsável da produção. Dentre estes fatores, a compra antecipada dos fertilizantes é uma das garantias para manutenção do sucesso administrativo de uma empresa. Portanto, a divulgação do boletim trimestral Agro Info (agosto-outubro) do Rabobank, de que haverá queda no preço dos fertilizantes, provavelmente não influenciará os custos para o milho 2ª safra de 2014.

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Como informado por avaliação feita pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), a participação deste insumo nos custos de produção para safra 2013/2014, em Mato Grosso, não terá redução, justamente porque no estado 95,5% dos fertilizantes que serão utilizados nas lavouras já foram comprados, com objetivo de evitar o habitual caos logístico do 2º semestre.

A explicação para a previsão de queda, segundo o Rabobank, é que finalmente o Brasil recebe os reflexos das quedas nas cotações internacionais dos fertilizantes durante o primeiro semestre, que não foram sentidas no mercado interno no mesmo período, por conta do fortalecimento do dólar, da elevação no frete e da demanda aquecida no campo.

O aquecimento corresponde à importação, no 1º semestre, de 9,6 milhões de toneladas de fertilizantes, montante 23% superior ao registrado em 2012. Neste segundo semestre, já com o mercado desaquecido pelo início do plantio, a expectativa é que as empresas de fertilizantes trabalhem com estoques elevados e que a disponibilidade dos produtos pressione o preço para baixo.

A queda prevista no preço final do fertilizante, provavelmente, também não favorecerá o milho 2ª safra de 2014 no estado, pois com os problemas enfrentados pelos produtores neste ano, preços de venda abaixo do custo de produção e escassez na armazenagem, é possível que os produtores cortem investimentos para o ciclo.

“Além de avaliar a área que será plantada, os produtores certamente farão cortes nos gastos, e os fertilizantes serão os primeiros a serem reduzidos na lista de custo dos produtores”, explica Maria Amélia Tirloni, gerente de relações institucionais da Aprosoja.

Elevação tímida
Com este painel à frente, se torna visível, de imediato, que Mato Grosso registrará elevação muito tímida no custo dos insumos no mês de agosto de 0,3%, em relação a julho, e o fertilizante correspondendo ao aumento de 0,12% de julho para agosto, praticamente estável.

É uma boa notícia para os produtores diante da elevação de 3,5% do dólar neste mês, que valorizou a soja e aqueceu o mercado, sem oferecer aumento proporcional ao preço do fertilizante, que também está estreitamente ligado à variação do dólar.

Diante deste horizonte, a Aprosoja orienta os produtores para ficarem atentos aos valores e opções de venda para a soja.