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Domingo, 28 de abril de 2024

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Análise

Coleta seletiva ainda enfrenta problemas para se tornar abrangente no país

A Política Nacional de Resíduos Sólidos, que entrará em vigor na segunda metade de 2014, e que trata da coleta seletiva, ainda enfrenta gargalos para se tornar abrangente no país, conforme informa a Agência Brasil. A avaliação foi feita por André Vilhena, diretor do Compromisso Empresarial pela Reciclagem (Cempre), fórum que reúne 38 grandes empresas nacionais e multinacionais desde a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio 92.

Foto: Reprodução - Ilustração

Coleta seletiva ainda enfrenta problemas para se tornar abrangente no país

Coleta seletiva ainda enfrenta problemas para se tornar abrangente no país

A Política Nacional de Resíduos Sólidos, que entrará em vigor na segunda metade de 2014, e que trata da coleta seletiva, ainda enfrenta gargalos para se tornar abrangente no país, conforme informa a Agência Brasil. A avaliação foi feita por André Vilhena, diretor do Compromisso Empresarial pela Reciclagem (Cempre), fórum que reúne 38 grandes empresas nacionais e multinacionais desde a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio 92.

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O diretor destaca que um dos entraves para o avanço da coleta seletiva no Brasil é a falta de qualificação dos gestores locais. "Estes gestores são responsáveis por elaborar os planos municipais de resíduos sólidos, e o envolvimento das prefeituras é o ponto de partida. Temos hoje poucos municípios fazendo a coleta seletiva e, principalmente, fazendo a coleta seletiva de forma abrangente. Para mudar isso, os gestores públicos necessitam de treinamento para que possam efetivamente implantar os programas em seus municípios", declarou Vilhena.

Com programas de coleta seletiva pouco organizados, a indústria recicladora padece de pouca oferta de matéria-prima e, segundo estimativas do Cempre, funciona, em média, com capacidade ociosa entre 20% e 30%. Levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em 2010 já mostrava que o Brasil deixava de movimentar R$ 8 bilhões anualmente por não aproveitar o potencial do setor. De acordo com o Cempre, apenas 14% das cidades brasileiras têm coleta seletiva, sendo 86% delas no Sudeste.

Outro entrave para a reciclagem no Brasil, segundo Vilhena, é o peso tributário sobre o setor, que se beneficiaria de mudanças na cobrança de impostos: "De cara, deveria ser dispensado o recolhimento do ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] na venda de sucatas e materiais recicláveis, além de produtos com 100% de material reciclado".

Em análise posterior, Vilhena explicaq que poderia ser feita, a partir disso, uma redução gradativa do imposto conforme o percentual de material reciclado na composição. "AcreditO que possa haver bitributação no caso do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), e em alguns setores, o produto já teve a cobrança do IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados]. quando foi descartado, e tem o desconto de novo durante a reciclagem".

PET

A produção de PET a partir de material reciclável economiza 70% de energia e reduz em 70% a emissão de gás carbônico na atmosfera. Além das PETs, a Ambev também produz, em sua fábrica de vidro, sete em cada dez garrafas desse material inteiramente com cacos reciclados, sendo 88% deles provenientes da própria cervejaria e 12% de cooperativas.
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