O clima instável na Argentina e a recente falta de chuvas coloca em dúvida as metas de produção de milho do país, que é atualmente o terceiro maior exportador mundial do cereal. O Brasil, que ocupa a segunda posição neste ranking, pode ser o grande beneficiado caso a nação vizinha encontre problemas nas lavouras.

De acordo com boletim do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), algumas regiões produtoras da Argentina já não recebem chuvas há um mês, o que é muito prejudicial ao desenvolvimento das plantações. A situação deixa as previsões difíceis e tem causado bastante preocupação aos produtores.

Em meio à situação, não é possível dizer se a Argentina irá conseguir atingir as estimativas de produção de 25 milhões de toneladas, a qual seria recorde para o país em comparação aos últimos anos.

“Se esse cenário de seca se estender por mais alguns dias, a produção argentina estará seriamente comprometida (...). Bom para os produtores brasileiros, já que agora o país ocupa o segundo lugar nas exportações de milho do mundo e compartilha um mercado de preços atrativos”, consta de boletim do Imea.

O país vizinho tem cerca de 32 milhões de hectares de terras cultiváveis e dispõe para o milho nesta safra 3,5 milhões de hectares do total. Até o fechamento da semana, segundo relatório da Bolsa de Cereales, 96,4% já haviam sido plantados.