Empresas chinesas demonstraram interesse em importar de forma imediata volumes superiores a 10 milhões de toneladas de soja convencional ao invés do produtos transgênico para atender a uma crescente demanda do seu consumidor interno A informação é do presidente da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja – Brasil), Glauber Silveira, que participa de uma missão à China e à Índia com o objetivo de ampliar o comercio com países asiáticos.

A notícia é um alívio para o mercado da soja brasileira depois que a Sunrise – que é a maior processadora de grãos do país asiático – já havia feito o cancelamento de quase dois milhões de toneladas de soja, devido ao atraso nos embarques da oleaginosa nos portos brasileiros.

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Em recente artigo, no qual revela bastidores de encontros com representantes do setor privado e integrantes do governo comunista, Glauber Silveira afirma que as empresas importadoras do produtos brasileiros se mostraram interessadas em criar um mercado especifico de soja convencional, mesmo que tenham que pagar mais.

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“E quando questionamos qual a tendência do mercado na relação entre transgênicos e não transgênicos, tanto o setor privado quanto governamental nos informou que a grande massa é menos sensível a isto, compra o mais barato. Mas que uma parcela importante da população chinesa, melhor colocada financeiramente, estaria atenta e teria preferencia por produtos não transgênicos”, afirma.

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“Inclusive fomos questionados se existia a possibilidade do fornecimento no curto prazo de volumes superiores a 10 milhões de toneladas de soja convencional”, acrescenta.

De acordo com a Aprosoja, a nova demanda vinda do maior comprador da commoditie agrícola poderá forçar os produtores de soja do Brasil a diversificar sua produção.

“Isso é algo que realmente chama a atenção e pode influenciar todo o mercado brasileiro, afinal nós produtores vamos plantar o que o consumidor demandar”, destaca.

Outro ponto constatado pelo dirigente empresarial diz respeito às mudança nas tendências chinesas quanto à qualidade dos produtos importados. Segundo ele, existe um aumento na preocupação de se fornecer produtos seguros do ponto de vista alimentar.

Segundo Glauber Silveira, também foi aberta a possibilidade de o Brasil exportar tanto soja transgênica quanto não transgênica.

"Isso é muito positivo para nós produtores, já que temos a possibilidade de manejar as duas. E junto com todas essas possiblidades, também ficou claro que temos um dever de casa urgente com relação à nossa Infraestrutura”, ratifica.