A proposta do governo federal de criar a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), por meio do projeto de lei 5740/2013, não resolve imediatamente os problemas da agricultura familiar e do pequeno produtor rural. A afirmação foi feita nesta semana pelo deputado federal Nilson leitão (PSDB-MT) durante sessão da Comissão de Agricultura da Câmara Federal que aprovou o projeto.
“A Agência não resolve imediatamente o problema do pequeno produtor rural. Os maiores assentamentos não produzem uma cebolinha, uma alface. As pessoas vão ao supermercado comprar o que vem do caminhão. Enquanto o produtor daquele assentamento está morrendo de fome, produtor de outro estado está ganhando dinheiro”, disparou.
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O deputado lembrou ter levado assentamentos da reforma agrária para Sinop, onde foi prefeito por oito anos, mas o resultado ficou abaixo do esperado porque faltou assistência técnica e investimentos em tecnologia para que os produtores fossem competitivos.
“Mato Grosso, que é o maior produtor de alimentos do país, tanto de grãos quanto de carne, importa 90% de todo o alimento que nós consumimos”, destacou ao diagnosticar problemas envolvendo a gestão dos assentamentos.
Leitão criticou o governo por ter copiado a ideia principal da Proposta de Emenda Constitucional (PEC 131/2011) – de sua autoria e que cria o Agente Comunitário de Saúde –, e que, segundo ele, serviu de inspiração para a apresentação do projeto de lei que instituiu a Anater.
O parlamentar revelou lamentar não ter sido escolhido o relator do PL que instituiu a Anater e pediu a ajuda do governo para tramitar a sua PEC na Câmara.
“Não acredito que seja a melhor proposta. Mas vou colaborar. E peço ao governo que nos ajude a tramitar o nosso projeto que não é conflitante. Fui leal ao governo, que nos pediu para retirá-lo de pauta. E espero essa lealdade republicada, que é importante para o Brasil, que é o similar do agente comunitário de saúde”, argumentou.
