A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) alertou que os pecuaristas mato-grossenses estão, mais uma vez, tendo problemas na liberação de recursos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO). De acordo com o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, o entrave na liberação do empréstimo para o pecuarista está relacionado a problemas administrativos, uma vez que ainda há recursos em caixa, mas não existe fluxo definido para regularizar as concessões.
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Em 2012 o FCO Rural registrou demanda de R$ 800 milhões, porém o governo só foi capaz de disponibilizar pouco mais de R$ 600 milhões, informa a assessoria da associação. A diferença acabou gerando fila de espera no banco para este ano. Para 2013 foram disponibilizados cerca de R$ 780 milhões, dos quais R$ 270 milhões foram contratados este ano, restando disponíveis pouco mais de R$ 500 milhões.
Esta não é a primeira vez que os produtores ficam sem acessar os recursos em Mato Grosso, mesmo depois de ter o projeto aprovado. De acordo com Luciano Vacari, se há mais demanda do que oferta, o Banco do Brasil não pode divulgar que há crédito disponível. “O pecuarista acredita que vai conseguir o dinheiro, investe e depois não é atendido”.
Segundo o gerente de agronegócios do Banco do Brasil, Brasiliano Borges, em abril houve aumento na demanda por crédito, o que acarretou na liberação de recursos. “O montante a ser disponibilizado em maio está sendo recalculado; não acabou o dinheiro para o estado, estamos apenas fazendo a recomposição da carteira”.
Na opinião de Vacari, o governo federal precisa reavaliar os critérios adotados na hora de credenciar as instituições financeiras que irão operar o FCO. “Se mais bancos tiverem a oportunidade de conceder o empréstimo, aumenta a concorrência e com certeza a qualidade dos serviços prestados”.
Falta de Crédito
A falta de crédito é dos principais entraves para o desenvolvimento da cadeia da pecuária de corte, que há alguns anos tem sofrido com a degradação de pastagem. O secretário-adjunto de agricultura, Luiz Alécio, afirmou que o volume ofertado pelo governo federal não é suficiente, mas que uma suplementação deverá ser feita para garantir os recursos.
