A Associação Brasileira dos Produtores de Semente de Soja (Abrass), entidade criada no final de 2012, tem como uma das principais frentes de trabalho a criação de uma política clara e específica sobre a produção de sementes de soja no país.

Produtores de sementes de soja criam entidade independente

Gladir Tomazelli, produtor de sementes em Mato Grosso e membro da associação, explica que o setor demanda legislação sobre multiplicação e licenciamento.

“Não existe uma política bem definida de protecionismo para quem produz. Não existe uma política clara sobre obtentor e licenciado, que papel cada um desempenha”, pontua Tomazelli.

Ele explica que essa definição é importante para que o setor não cora o risco de, no futuro, as multinacionais verticalizarem-se e o produtor brasileiro ser excluído do mercado.

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Abrass

A Abrass tem sede em Brasília e foi constituída em novembro de 2012 com o objetivo de “representar produtores ou multiplicadores de sementes de soja, defender seus interesses e coordenar os assuntos da classe em âmbito nacional e internacional”, segundo consta do estatuto da associação.

A classe estava anteriormente inserida na Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), mas sentiu necessidade de criar uma entidade que discutisse a fundo temas específicos relativos à produção de semente de soja.

Esses assuntos estão ligados à discussão sobre royalties, biotecnologia, comercialização, temas ambientais e sociais inerentes à atividade, tratamento industrial de sementes, questões tributárias e outros.

Segundo Tomazelli, as primeiras reuniões realizadas pela Abrass já contam com 35 associados, os quais, juntos, correspondem à produção de 13 milhões de sacas de sementes ao ano.