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Sábado, 27 de abril de 2024

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UFMT pesquisa uso de tecnologias nas vinícolas para melhorar o aproveitamento de resíduos

Foto: Assessoria

UFMT pesquisa uso de tecnologias nas vinícolas para melhorar o aproveitamento de resíduos
A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Câmpus do Araguaia, está conduzindo uma pesquisa sobre o emprego de tecnologias nas vinícolas com a finalidade de melhorar o aproveitamento dos resíduos gerados pela indústria. Atualmente, o estado de MT e Goiás possuem cinco vinícolas em atividade.

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A maior parte delas se dedicam à produção da espécie Vitis labrusca, uma variedade utilizada para fabricação de vinhos de mesa, que possuem um preço mais modesto em relação aos vinhos refinados e em geração, se destinam ao consumo interno. Em menor escala, existe a produção da espécie Vitis vinífera, que é dedicada à produção de vinhos finos, destinadas principalmente para a exportação.

A pesquisa da UFMT é apoiada pelo edital Mulheres na Ciência, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat). Os estudos são vinculados ao Laboratório de Biologia Vascular & Histopatologia do Câmpus.

“O objetivo geral com a pesquisa é caracterizar os compostos bioativos presentes em resíduos vinícolas advindos da produção de vinhos finos produzidos no Centro-Oeste, e a partir disso determinar se esses compostos possuem a capacidade de proteger o sistema cardiovascular”, pontua a docente e coordenadora do projeto, Fernanda Regina Casagrande Giachini

A estratégia para testar se os resíduos possuem essa capacidade de proteção será o tratamento de ratos hipertensos com uma ração enriquecida com o bagaço oriundo da produção de vinho, para avaliar os possíveis efeitos na pressão arterial e no sistema cardiovascular desses animais.

Para Fernanda, caso a hipótese de que os resíduos vinícolas gerados localmente possuam elevada quantidade de compostos bioativos, as possibilidades são ilimitadas para a criação de novos subprodutos. Ressalta-se que uma vertente crescente no mercado é a elaboração de produtos nutracêuticos, que engloba uma variedade de alimentos e componentes alimentícios com benefícios à saúde.

Ainda segundo ela, essa pesquisa representa um avanço significativo na manutenção do equilíbrio do meio ambiente e evita problemas relacionados à armazenagem e eliminação sustentável desses resíduos.

De acordo com a coordenadora, a gestão de resíduos é um compromisso social na geração da produção sustentável, redução de custos, bem com inovação, como por exemplo na produção de alimentos mais ricos nutricionalmente, ou na elaboração dos nutracêuticos. 

Os trabalhos devem ser finalizados em dezembro deste ano, e os impactos iniciais se desdobram em diversas áreas. “Ademais, a possibilidade de manipulação dos resíduos de uva como fonte de antioxidante é de interesse direto dos laboratórios envolvidos. No campo da bromatologia, como exemplo, tanto as graduandas da engenharia de alimentos como as graduandas de farmácia, poderão trabalhar na elaboração de alimentos com alegações de propriedades funcionais e suplementos alimentares”, finaliza a docente.
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