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Terça-feira, 19 de março de 2024

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Morar ou investir

Baixa histórica da Selic favorece os negócios imobiliários

Foto: Assessoria

Baixa histórica da Selic favorece os negócios imobiliários
Redução na taxa básica de juros, Selic, para 3% ao ano, cria cenário favorável para quem está em busca de um imóvel para morar ou investir. Anunciada no começo de maio pelo Comitê de Política Econômica (Copom), do Banco Central, a nova taxa é a menor da história e já provocou algumas instituições financeiras a reduzirem suas taxas para o financiamento. A situação só não é melhor por causa da crise sanitária e de saúde que o país enfrenta decorrente do novo coronavírus (Covid-19), que desencadeou problemas econômicos de alcance global.

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Logo que o Banco Central divulgou o resultado da reunião do Copom, instituições financeiras como Bradesco, Itaú Unibanco e Banco do Brasil anunciaram redução nos juros de diferentes linhas de crédito, o que beneficia diretamente o consumidor que pretende comprar imóvel próprio para morar ou para investimento. Desde o início da trajetória de queda na taxa Selic, as instituições financeiras realizam ajustes. Antes do atual corte, a taxa média praticada pelo mercado era de 7,3% ao ano e há projeções para que fique em 6,8% anuais.

O gerente regional da construtora Plaenge, Diogo Marchioto, afirma que a diminuição nos juros beneficia o mercado imobiliário e eleva a procura por unidades. "Com os juros mais acessíveis, o cliente não precisa se descapitalizar, usar os recursos que dispõe, porque pode viabilizar o financiamento junto ao banco, aproveitando a taxa menor. Pode usar seus recursos para outras finalidades".

Marchioto complementa que as instituições financeiras estão modernizando os processos de financiamento, motivadas até mesmo pela pandemia (que recomendou o isolamento e distanciamento social), que revolucionou o jeito de atender e fechar negócios. 

"As construtoras também embarcaram nessa modernização. A Plaenge fechou sua primeira venda 100% digital em março, quando começou a pandemia e a necessidade de isolamento social. Melhoramos algumas ferramentas de relacionamento com o cliente. Agora o cliente não precisa sair de casa ou do trabalho para negociar. Pode fazer tudo remotamente e com toda a segurança", diz ao lembrar que todos os empreendimentos que a Plaenge comercializa têm seguro de entrega.

Apesar do cenário de cautela dos consumidores, decorrente da pandemia, o presidente do Sindicato da Habitação de Mato Grosso (Secovi MT), Marco Pessoz, considera que as condições nunca estiveram tão boas do ponto de vista dos juros para aquisição de imóveis. 

"Com o distanciamento social e home office, muitas famílias constataram que os imóveis onde moram hoje não são adequados e passaram a reavaliar suas necessidades. Elas querem mais no imóvel e área de lazer. Isso tende a aumentar a busca por imóveis com essas características quando a situação melhorar", explica Marco. 

Na opinião de Pessoz, para que o mercado responda à baixa na Selic é necessário que as instituições financeiras flexibilizem os financiamentos, reduzindo valor de entrada ou até zerando.

Para o economista Emanuel Daubian, o patamar baixo da taxa Selic vai permanecer por mais alguns meses, justamente em função da crise provocada pela pandemia. "Um dos instrumentos que o governo tem para aumentar o consumo é reduzir os juros. Isso beneficia o consumidor, que paga mais barato pelo empréstimo imobiliário, e também as construtoras, que financiam suas obras também por um valor menor".
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