O agronegósio brasileiro quebrou recordes no último mês de abril, representando um total de 55,8% do total exportado pelo país. O retorno das exportações para a China são um dos principais motivos. O país asiático, que tem diminuído restrições após passar pelo período crítico da Covid-19, estaria pedindo que produtores aumentem os estoques de grãos e oleaginosas diante de uma possível segunda onda do coronavírus.
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O Brasil é o quinto maior produtor de alimentos no mundo e o segundo maior exportador de commodities agropecuárias. Para o PIB da agropecuária é estimado um crescimento de 2,4%, mesmo com a pandemia do coronavírus.
O Ministério da Agricultura avaliou que o Brasil está prestes a colher a produção agropecuária mais valiosa da história, avaliada em 697 bilhões de reais. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) boa parte desse valor vem da safra recorde de grãos, de 250,9 milhões de toneladas no ciclo 2019/2020.
A participação do agronegócio no total exportado foi de 55,8% em abril, sendo o maior índice já registrado. O principal motivo é o retorno da exportações para a China, que relaxou as restrições por causa da Covid-19. Este comportamento, no entanto, pode mudar.
A China, segundo a agência de notícias Reuters, pediu que empresas de comércio e processadoras de alimentos aumentem os estoques de grãos e oleaginosas diante de uma possível segunda onda do coronavírus e do agravamento das taxas de infecção em outros países. O receio é o fechamento de portos ou a redução de embarques, tanto ao redor do mundo quanto na China.