Graças a duas novas e sucessivas altas, obtidas segunda e terça-feira, na terceira semana de novembro o ovo alcançou sua melhor média de preços de 2012. Que não é inédita, pois já havia sido registrada no início deste semestre, entre julho e agosto, por exatas quatro semanas.

Desta vez, porém, a média tem condições de se estender por período de tempo mais longo ou, mesmo, de ser ultrapassada rapidamente – apesar de estarmos agora na segunda quinzena, normalmente o período mais crítico de comercialização do mês – pois as condições de produção mantêm a oferta extremamente ajustada – até deficitária, conforme o tipo de produto procurado. Tudo porque as altas temperaturas em algumas regiões produtoras vêm ocasionando quedas de produtividade do plante.

Seria o caso de mencionar, também, que a chegada da primeira parcela do décimo terceiro salário, nesta semana, é outro fator que assegura a manutenção da demanda nesta segunda quinzena. Mas a realidade é que, independente da bonificação, a indústria de alimentos, como um todo, começa a acelerar os preparativos para as Festas. E só isso já garante o dinamismo do setor de ovos até, pelo menos, a chegada do Natal.

Naturalmente, apesar de estarmos chegando, neste instante, a um valor que se situa como recorde no ano, é preciso mais. Pois o preço médio atual, ainda que em elevação, permanece apenas como o terceiro do ano. E a média registrada nos primeiros 322 dias do ano, de R$48,20/caixa, está apenas 8% acima do valor médio alcançado em 2011. Ou seja: se cobre a inflação, está longe de cobrir o aumento de custos que afeta o setor.