Delcídio Bassegio parou de vender boi gordo porque, segundo ele, não compensava mais. O lucro estava cada vez menor.

Agora, na fazenda que fica no município de Rochedo, a 70 quilômetros de Campo Grande, ele cria e comercializa bezerros.

Enquanto os machos são vendidos, as fêmeas ficam na propriedade para reposição do rebanho.

Toda semana, Delcídio vai ao leilão para conferir o preço dos animais. Da última vez que participou de um, não gostou nada do que viu. No pregão realizado em Campo Grande, o bezerro macho foi vendido por R$ 670.

O movimento de queda também acontece com o boi gordo. Na média, o preço do bezerro de um ano da raça nelore, em Mato Grosso do Sul, está 7% abaixo da cotação de um ano atrás. Neste período, a arroba do boi gordo caiu um pouco menos, 4%.

Nos últimos anos, Delcídio mudou a estratégia nos negócios para se manter. “Antes eu vendia só 50% do rebanho dos bezerros machos, o resto eu criava e engordava, hoje, não, eu tenho que vender 100% para manter a fazenda”, conta.