A Justiça aceitou, nesta sexta-feira, o pedido de recuperação judicial feito pela Teka em 26 de outubro. A decisão foi dada pelo juiz titular da 2ª Vara Cível de Blumenau, Osmar Tomazoni, na quinta-feira. O advogado Anderson Onildo Socreppa, de Caçador, foi nomeado para ser o administrador judicial da empresa.

O plano de recuperação judicial deverá ser apresentado no prazo de 60 dias, contados da publicação da decisão. O presidente da Teka, Marcelo Stewers, recebeu a notícia com entusiasmo, assim como toda a diretoria da empresa. Para ele, a decisão do juiz "foi das mais sensatas e inteligentes, uma vez que dará condições da Teka resolver os problemas financeiros, pagar credores e funcionários e voltar a operar como sempre ocorreu nos últimos 86 anos".

— Começamos a pensar no plano de recuperação hoje. Já tivemos algumas ideias e agora vamos colocar no papel — destacou Stewers.

A Teka tem, segundo os documentos apresentados à Justiça, R$ 458,7 milhões em contas a pagar. O plano de recuperação, após aprovado, tem dois anos para ser colocado em prática. Se, depois deste tempo, a empresa não se recuperar, cabe aos credores definir pela falência ou continuidade dos negócios.

Como se dará a recuperação judicial
— Com a aceitação do pedido pela Justiça, falta a publicação em edital, que deve ocorrer na próxima semana
— Depois de publicado, a Teka terá 60 dias para apresentar o plano de recuperação judicial
— Após concluído, o plano é avaliado pelos credores, levado a uma assembleia para votar pela aprovação ou não do plano. Se não for aprovado, deverá ser reformulado
— Se aprovado, o plano de recuperação é aplicado durante dois anos
— Caso o plano tenha o efeito desejado após a execução, a empresa continua o negócio
— Se a recuperação não surtir efeito, cabe aos credores definir se a empresa continua na ativa ou se será solicitada a falência