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Domingo, 05 de maio de 2024

Notícias | Meio Ambiente

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Senador denuncia cooptação de agrônomos para aumentar venda de agrotóxicos no Brasil

Agrônomos estão sendo contratados por empresas do ramos de agrotóxicos e fertilizantes com salários atrelados as metas de venda desses produtos a agricultores. O alerta foi dado em debate, ontem, na Comissão de Agricultura (CRA) do Senado Federal, pelo senador Waldemir Moka (PMDB-MS)

Ele se mostrou preocupado com o desvirtuamento da profissão, cujo papel é o de orientar os produtores rurais sobre as melhores técnicas de plantio, inclusive do ponto de vista ambiental e da saúde humana e animal.

"Se temos jovens agrônomos que recomendam agrotóxicos a mais, com o objetivo de ter salário maior, é muito grave, pois deveriam estar orientando para o uso mínimo. Me soou como um alarme. Vou apresentar proposta de legislação severa contra esse tipo de comportamento", frisou

Tanto Helinton Rocha, assessor do Ministério da Agricultura, como o presidente da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer), Júlio Zoe de Brito, confirmaram a prática, especialmente entre agrônomos contratados por grandes empresas que vendem agrotóxicos e outros insumos agrícolas. Conforme o presidente da Asbraer, o Brasil está entre os maiores consumidores per capta de agrotóxicos do mundo.

"Cada um de nós consumimos 5,2 quilos de agrotóxicos por ano, o que representa nove bilhões de dólares", observou.
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