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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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Ceres mostra como antecipar produção de etanol pelo cultivo de sorgo sacarino

A Ceres Sementes do Brasil apresenta nesta quinta-feira, no Congresso Nacional de Bioenergia, em Araçatuba (SP), uma estratégia para elevar a produção de etanol nas usinas e destilarias de São Paulo, pelo cultivo de híbridos de sorgo sacarino. A empresa, de origem norte-americana, está instalada no município paulista de Piracicaba desde 2010, e é líder nos EUA no desenvolvimento de culturas energéticas.

A participação da Ceres está marcada para as 14h00, com a presença de seu gerente de marketing, Antonio Kaupert, que permanecerá a disposição da imprensa. A palestra será focalizada no tema Antecipando a safra com sorgo sacarino. O Congresso Nacional de Bioenergia é promovido anualmente pela UDOP – União dos Produtores de Bioenergia -, uma das mais importantes entidades do setor sucroenergético brasileiro, e acontece a partir do dia 7 no Centro Universitário Unisalesiano, entre Araçatuba e Birigui.

De acordo com Kaupert, a Ceres identifica um grande potencial no mercado brasileiro de híbridos de sorgo sacarino. A tecnologia, segundo informa o executivo, é complementar ao processamento da cana-de-açúcar e altamente inovadora. Permite, sobretudo, fazer com que as usinas aumentem sua produção de etanol por um período superior a 30 dias por ano-safra.

“As plantas de sorgo sacarino se desenvolvem mais rápido que a cana, além de alcançar picos de concentração de açúcar em diferentes épocas. Por isso, permitem manter a produção de etanol combustível em plena entressafra da cana-de-açúcar”, revela Kaupert. “O sorgo também viabiliza uma escala rápida de produção por permitir o uso da infraestrutura já instalada nas usinas”, acrescenta.

Kaupert ressalta que para a extração do etanol combustível do sorgo nenhuma alteração se faz necessária na logística nem nos equipamentos tradicionalmente empregados na colheita e na moagem das empresas.

As primeiras variedades de sorgo sacarino chegaram ao Brasil na década de 1970, por iniciativa de pesquisadores da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Cultivada com emprego de sementes – diferentemente da cana, que demanda plantio de mudas -, essa gramínea apresenta ciclo reprodutivo de 90 a 140 dias, entre os meses de novembro e abril, exatamente no período da entressafra da cana, e produz açúcar fermentável e bagaço em abundância.

“Da mesma maneira que ocorre com a cana, podemos prever para o futuro próximo a produção de etanol de sorgo pelo método celulósico ou de segunda geração, ou seja, partir da biomassa da cultura, exatamente como já acontece com a cana”, finaliza Kaupert.
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