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Sábado, 04 de maio de 2024

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Avanço na produção ecológica de frutas é desafio para a extensão rural

Extensão rural em fruticultura foi o tema do painel apresentado pelo diretor técnico da Emater/RS, Gervásio Paulus, e pelo professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Sérgio Schneider, nesta terça-feira (23/10), durante o XXII Congresso Brasileiro de Fruticultura. O evento, promovido pela Sociedade Brasileira de Fruticultura e Embrapa, acontece até sexta-feira (26/10), no Parque de Eventos de Bento Gonçalves.

Paulus apresentou dados da fruticultura comercial no RS, que abrange uma área de 137.716,90 hectares, responsável por uma produção de 2.547.031,10 toneladas e envolve 55.357 produtores, a maioria familiares. A região da Serra, onde a atividade está concentrada, abrange 45,7% da fruticultura comercial do Estado, com destaque para a produção de uva, pêssego, maçã e kiwi, entre outras.

Apesar disso, o RS importa, via Ceasa, de 14 Estados e seis países, produtos que têm aptidão para produzir, como banana, abacaxi, kiwi e laranja. “Todas as regiões do Estado são aptas para produzir algumas espécies frutíferas. Mas é preciso viabilizar todos os elos da cadeia, não apenas a etapa da produção. Tem que pensar também no mercado e na agregação de valor”, salientou.

O diretor citou ainda dados da produção orgânica de uva (700 ha), laranja (600 ha) e banana (150 ha) no RS e destacou o uso de tecnologias que reduzem a aplicação de agrotóxicos, como o cultivo protegido de videiras e o monitoramento e controle da mosca-da-fruta nos pessegueiros, através do sistema de alerta e do uso de feromônio sexual.

Para Gervásio, avançar na ecologização nas formas de manejo na fruticultura, que inclui a produção orgânica e a transição de sistemas produtivos, é um dos desafios da extensão rural. Outros desafios são ampliar a inserção de frutas em programas como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE); viabilizar as cadeias produtivas para espécies de frutas nativas, que, conforme o novo Código Florestal, podem ser usadas na recomposição de áreas de preservação permanente, como áreas de mata ciliar, encostas e topos de morros; promover a inclusão social e produtiva no meio rural, que inclui a produção de frutas para autoconsumo e comercialização; e atuar da “porteira para fora”, através das unidades de xooperativismo criadas pela Emater/RS-Ascar para trabalhar a gestão, entre outros.
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