Os corredores de exportação e escoamento da produção agropecuária foram o tema de um dos painéis da Série de Debates Logística no Brasil, promovida pelo jornal Valor Econômico nesta segunda-feira (29.09), em Cuiabá. A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) esteve presente no evento e evidenciou a necessidade de melhorias logísticas para o estado, que hoje é o maior produtor de soja do país.

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Durante sua participação, o presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber, destacou que investir em infraestrutura é fundamental para reduzir custos de transporte, aumentar a competitividade e colaborar com a sustentabilidade. Segundo ele, obras como a Ferrogrão, a FICO, a BR-242 e a BR-158 são estratégicas para garantir eficiência no escoamento e reduzir a dependência do modal rodoviário e do atual trecho ferroviário operante, que tem menos de 400 quilômetros em Mato Grosso.

“É preciso ter foco e priorizar obras estratégicas. Não adianta falarmos apenas em soluções que são mais difíceis de executar. O que precisamos é olhar para dentro de fato quais obras refletem em maior sustentabilidade, competitividade e eficiência logística. Temos que priorizar aqui para Mato Grosso mesmo obras como a Ferrogrão, a FICO, a 242, 158, para fugir do monopólio. Temos que pensar em opções, em diminuir distâncias e fazer, acima de tudo, que nós deixemos de perder valor da nossa produção com o transporte, que possamos investir esse valor na economia de Mato Grosso”, afirmou.

Mato Grosso, maior produtor de soja do país, enfrenta gargalos logísticos que comprometem a competitividade do agro, durante o debate, o presidente da Aprosoja MT destacou a importância da entidade estar presente em um debate promovido por um dos principais veículos de economia do país, para que o setor produtivo seja ouvido.

“O nosso setor, sem dúvida nenhuma, precisa se comunicar. Nesse debate nós demos uma projeção daquilo que a entidade almeja, em nome dos produtores, daquilo que é necessário, os entraves e o que nós temos que fazer. Foi uma forma de nos posicionarmos e transmitir isso para que a sociedade entenda, de fato, o que estamos vivendo e a importância que a melhor logística traz, não só para nós produtores, mas para o país inteiro”, destacou.