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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Próxima colheita será de 171 a 181 milhões de toneladas

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Na próxima safra, o Brasil vai colher 170,9 milhões de toneladas de grãos, 5,1% mais que na atual, graças, principalmente, à recuperação no Sul, onde se espera aumento de 20,8%, na produção. É o que revela o IBGE, em seu primeiro prognóstico para a safra 2013.

E, para a Conab, a próxima safra ficará entre 176,8 e 181,5 milhões de toneladas, ou de 7% a 9% maior que a atual, segundo seu segundo levantamento, que difere da pesquisa do IBGE, pela área coberta (Centro-Sul, exceto Rio e Espírito Santo) e produtos abrangidos (15). O IBGE analisa dez produtos em nove Estados (Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas, São Paulo e Piauí) e no Distrito Federal.

A área cultivada ficará entre 50,8 e 52,2 milhões de hectares, com aumento de até 2,6% sobre a anterior (50,8 milhões). A soja será o destaque, com crescimento de produção estimado entre 13,7 milhões e 16,6 milhões de toneladas e área até 9% maior, segundo a Conab, órgão do Ministério da Agricultura.

A cultura de milho terá acréscimo de até 4,8%. A de arroz terá redução de 0,8% ou poderá crescer 1,0%. Para o feijão, a Conab espera recuo de 0,1% ou crescimento de 4,0%. Para o algodão, retração entre 21,7% e 13,7%.

Diz a Conab ser "importante ressaltar que a produtividade considerada para as culturas avaliadas foi baseada na média dos três últimos anos, excetuados os anos atípicos e acrescentado o nível tecnológico, por se tratar do primeiro levantamento desta safra e estando as lavouras em fase inicial de plantio. Alterações na produtividade poderão ocorrer ao longo do desenvolvimento das culturas, em função das condições climáticas e fitossanitárias que se apresentarem".

A do IBGE
A pesquisa do IBGE, ligado à Presidência da República, cobriu as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste e nos estados de Rondônia, Maranhão, Piauí e Bahia. Há expectativa de não ocorrerem problemas climáticos como os de 2012. A estimativa é de aumento de 2,5% na área.

No Centro-Oeste, os produtores estão estimulados por bons preços de produtos importantes, notadamente, soja e milho.

Entre os dez produtos analisados, o IBGE espera variações positivas na produção de feijão 1ª safra (22,7%), soja (21,5%), fumo (6,8%), milho 1ª safra (4,7%), mandioca (2,3%) e arroz (0,4). Tende a ser menor a produção de amendoim 1ª safra (7,8%), algodão (7,8%), cebola (3,6%) e batata-inglesa 1ª safra (1,1%).

Os principais aumentos de área são previstos para feijão 1ª safra (17,5%), soja (5,7%), milho 1ª safra (3,0%) e cebola (0,2%). E haverá plantio menor de algodão herbáceo (9,0%), batata-inglesa 1ª safra (3,9%), mandioca (1,5%), arroz (1,2%), fumo (0,4%) e amendoim 1ª safra (0,3%).

Safra atual
O IBGE também divulgou sua 10ª estimativa da safra deste ano, que ensaia ficar 1,5% acima da anterior, com 162,6 milhões de toneladas, obtida em área de 49 milhões de hectares, ou 0,6% maior que a anterior.

As três principais culturas, arroz, milho e soja, que somadas representam 91,4% da produção estimada e 85,1% da área colhida, estão com variações negativas para arroz (-15,0%) e soja (-12,5%) e positiva para milho (+27,1%). Na área, só o arroz teve redução (-13,3%). Os acréscimos foram de 8,2% no milho e de 3,6% na soja.

Na safra deste ano, o Centro-Oeste vai colher 70,6 milhões de toneladas (ou 25,9% mais que na anterior), o Sul, 56,0 milhões (17,4% menos), o Sudeste, 19,1 milhões (+11,1%), o Nordeste, 12,1 milhões de toneladas (-16,9%), e o Norte, 4,7 milhões (+7,4%).

Mato Grosso lidera como maior produtor nacional de grãos, com participação de 24,9%, seguido por Paraná (19,1%) e Rio Grande do Sul (12,1%), ou, somados, 56,1% do total.

JOVENS CADA VEZ MAIS OCUPADOS


Boa notícia é dada pela jornalista Arícia Martins, do jornal Valor Econômico: "pela primeira vez desde 2003, os jovens de 18 a 24 anos contribuem de igual para igual com os adultos de 25 a 49 anos para a queda da taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país".

Os jovens desocupados ainda superam os adultos, mas o número caiu de 14% para 12,8% na média, de janeiro a setembro de 2011 para o mesmo período deste ano. A queda de 1,2 ponto é maior que a dos adultos, de 0,3 ponto (de 5% para 4,7%) em intervalo igual.

A queda, escreve a jornalista, depois de ouvir economistas da FGV que analisaram dados do IBGE, se deve também "à saída de pessoas mais novas do mercado de trabalho para se dedicar somente aos estudos", o que também é boa notícia. Outro fator do recuo é a questão demográfica, com a população crescendo a ritmo mais fraco nos últimos anos.

Entre 2010 e 2011, a taxa de desemprego média diminuiu de 6,7% para 6% e a desocupação entre jovens caiu de 15% para 13,4%, enquanto a dos adultos passava de 5,5% para 4,8%.

LEGISLATIVO APROVA NOVA DISTRIBUIÇÃO DE ROYALTIES


Por 286 votos a favor e 124 contrários, a Câmara dos Deputados aprovou a proposta original do Senado para o projeto que muda a distribuição dos royalties do petróleo. Agora, o texto vai à sanção da presidente Dilma, que tem prazo de 15 para decidir-se a respeito.

Da forma como a proposta foi redigida, porém, permite que a presidente vete apenas a parte referente a áreas já licitadas, mantendo novos critérios de distribuição para as que serão leiloadas pelo modelo de partilha, criado após a descoberta das reservas na camada pré-sal.

Pelo texto aprovado no Congresso, mudarão as regras também para áreas já licitadas, não haverá garantia de receita para Estados produtores e não faz vinculação de áreas em que os recursos devem ser gastos. A distribuição para áreas já licitadas pode reduzir a arrecadação do Rio e do Espírito Santo.

Com base em dados de 2010, estima-se, no texto aprovado, R$ 8 bi a serem divididos em 2013 aos Estados não produtores. A disputa sobre os royalties do petróleo aumenta em função da produção: no ano passado, somaram R$ 24 bi e em 2020, pode passar de R$ 54 bi.

O texto aprovado reedita posição já apreciada por Diulma Rousseff no veto ao artigo 64 da Lei 12.351/10, que previa situação semelhante: a repartição da receita dos royalties e participações especiais entre municípios que não tenham vínculo com a produção e o processamento do petróleo e gás natural. Por isso, a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro divulgou nota contra a medida, por entender que trará "grandes impactos para o sistema federativo brasileiro, além de perdas aos Estados produtores de petróleo."

As perdas estimadas para o erário do Rio, onde se extrai 80% do petróleo ncional, passam de R$ 4 bi no ano que vem e de R$ 77 bi até 2020, segundo o governo fluminense e a Firjan diz que, "sob o ponto de vista jurídico, é essencial realçar a clareza da Constituição, cristalina ao assegurar a participação no resultado ou compensação pela exploração do petróleo ao gás natural no respectivo território dos entes da federação (Artigo 20, §1º), excluindo a extensão a entes alheios à atividade. O Supremo Tribunal Federal já se pronunciou diversas vezes no sentido de que estas disposições constitucionais cuidam da projeção aérea, marítima, superficial e subterrânea dos Estados e Municípios (Adin 2.080-3-RJ-MC), e é esta confrontação que qualifica o ente da Federação como produtor, limitando, portanto, os royalties a esses entes".

A União também perderá receita, que cairá dos atuais 30% para 20%. A parcela dos Estados produtores cai de 26% para 20%. A dos não produtores sobe de 7% para 21% e a 27% em 2020. Para os municípios que produzem petróleo, a fatia de royalties cai de 26% para 15% a partir de 2013 e para 4% a partir de 2020. A dos não produtores, sibe de 1,75% para 27% em 2020.

O governador do Rio, Sérgio Cabral, disse confiar em veto da presidente, pois, com a mudança, serão comprometidos gastos com custeio, além das obras da Copa e das Olimpíadas. O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, também espera o veto presidencial e estima perdas, com as novas regras, de R$ 10,5 bi até 2020. Mas declarou que o Estado já se preparou e tenta manter os investimentos previstos, via ajuste na parte de custeio e pessoal.

ICMS muda, também
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, apresentou aos governadores, nesta quarta-feira, proposta para acabar com a guerra fiscal via unificação da alíquota interestadual de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços de 4%, em substituição às alíquotas vigentes atualmente, de 12% e 7%. O governo federal quer unificar o ICMS, que tem 27 regimes diferentes, gerando insegurança jurídica por guerra fiscal e a mais recente chamada guerra dos portos. Esta deve ser eliminada com a aprovação, pelo Confaz (conselho dos Estados) da Resolução nº 13, prevendo vigência da alíquota de 4% de ICMS sobre importados já em janeiro.

Para compensar os Estados, a proposta do governo cria dois fundos: um de compensação e outros de apoio ao investimento. O primeiro funcionará conforme o ritmo de redução das alíquotas atuais (entre 7% e 12%), em prazo de oito anos. Nisto, estima-se concessão de benefícios de R$ 100 bi.

O segundo será um fundo de compensação regional para Estados mais distantes dos centros consumidores e que se valem dos benefícios fiscais para incentivar investimentos. Para eles, haverá um fundo com recursos orçamentários, inicialmente com verba de R$ 4 bi, para financiamentos de até 20 anos, à Taxa de Juros de Longo Prazo ao longo de 20 anos.

JUROS NÃO MUDAM
O Banco Central Europeu anunciou nesta quinta-feira, dia 8, a manutenção de todas as principais taxas de juros para a Zona do Euro, como o esperado. A taxa segue em 0,75%, a taxa sobre a linha de crédito marginal em 1,50% e a taxa que incide sobre depósitos continua em 0%.

Fraca, mas não recessiva
Para o presidente do BCE, Mario Draghi, a economia da Eurolândia continua fraca, estando o banco pronto para intervir em "cenários extremos", sem, contudo, estar prevista nova recessão.

Juros britânicos
O Banco da Inglaterra também manteve a taxa básica de juros do país em 0,5% e o programa de compra de ativos em 375 bilhões de libras. Em nota oficial, o BC britânico diz que suas mais recentes projeções de inflação e atividade aparecerão no relatório de inflação, a ser publicado no dia 14. A ata da reunião sairá dia 21.

Balanço de setembro
Três novos poços entraram em produção em reservatórios do pré-sal no campo de Baleia Azul, operado pela Petrobras, informa o relatório de setembro da ANP. Agora são 13 e, entre os mais recentes, um já está entre os 30 maiores, com média de produção de 15,6 milhões de barris equivalentes de óleo por dia, e há mais 7 na lista dos maiores.

Pré-sal
A produção média do pré-sal registrou recorde, com 182,6 Mbbl/d de petróleo e 5,9 MMm3/d de gás natural, totalizando 220,1 Mboe/d, aumento de 8,3% em setembro sobre o mês anterior. Foi o terceiro mês consecutivo com produção média acima de 200 mil barris de óleo equivalente por dia.

Óleo & gás
A produção média de gás natural no Brasil foi de aproximadamente 71,7 MMm3/d, com aumento de 9,9% sobre a de um ano antes. E a produção média de petróleo no país foi de 1.924 Mbbl/d, com queda de 4% no mês. A maior parte do petróleo (89,9%) e do gás natural (76%) foi obtida de campos marítimos. E 94% da produção total veio de campos operados pela Petrobras.

Gastômetro
Depois do Impostômetro, começará a funcionar o Gastômetro, dispositivo de informações sobre a aplicação de recursos públicos no país, iniciativa da Associação Comercial de São Paulo e da Facesp, federação que reúne 420 associações comerciais paulistas. O Gastômetro, segundo nota das entidades, dará informações sobre aplicação de recursos em todo território nacional, para facilitar a fiscalização e o acompanhamento pela população, visando maior transparência em todos os seus níveis de atuação.

TI na mira 1
Com 33 transações entre julho e setembro, o setor de tecnologia da informação foi o campeão de fusões e aquisições este ano, informa a consultoria KPMG. No mesmo período de 2011, o número ficara na metade disso, com 16 operações. Desde janeiro, foram 83 operações este ano e 62 no anterior. No total dos segmentos cobertos pela pesquisa, TI ficou com 13%.

No ano
A Pesquisa de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil é trimestral e apura as operações de fusões e aquisições efetivamente concluídas e divulgadas envolvendo empresas no presente no país. Analisou 640 negócios entre janeiro e setembro, ou 5,6% mais que no último ano, de 43 diferentes segmentos.

TI na mira 2
Nos negócios em TI este ano, 16 empresas estrangeiras compraram organizações brasileiras e outras 6 compraram participação no capital de organização estrangeira estabelecida no Brasil, além de 11 transações domésticas.

Exportação maior
Informa a Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios: o faturamento do setor com exportações soma cerca de US$ 5 bi, com aumento de 17% sobre o do ano anterior, no período de janeiro a setembro. Esse crescimento acima do esperado permite antecipar para 2014 a meta de US$ 1 bi em exportações antes prevista apenas para 2015

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