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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Abastecimento sob controle

Divulgação

Informa a Agência Nacional do Petróleo: "o abastecimento de combustíveis no Brasil, tanto de diesel quanto de gasolina, está ocorrendo de forma regular. Casos pontuais envolvendo o abastecimento de gasolina, ocorridos recentemente em alguns locais, já foram sanados".

Diz mais a agência, em nota à imprensa: "O abastecimento nacional de óleo diesel e gasolina é garantido por 16 refinarias e 3 centrais petroquímicas que realizam entregas a partir de 38 pontos de fornecimento para 236 distribuidoras. O segmento de distribuição atende a 39.082 postos revendedores, 378 transportadores, revendedores, retalhistas e 9.118 pontos de abastecimento. E o abastecimento de biocombustíveis é realizado a partir de 409 usinas de etanol e 62 produtores de biodiesel".

"Na movimentação desses produtos são utilizados os modos de transporte dutoviário, rodoviário, ferroviário e navegação de cabotagem e interior. A importação de combustíveis é um procedimento normalmente utilizado para complementar a diferença entre oferta e demanda".

"A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis monitora o abastecimento de combustíveis e mantém contato permanente com órgãos do governo e agentes econômicos do setor a fim de garantir o suprimento de combustíveis no país".

E conclui: o abastecimento é regular e problemas com gasolina, ocorridos em alguns locais, já foram resolvidos. sanados.

Como foi outubro, segundo duas pesquisas


Aumentou a confiança entre os empresários do setor de construção civil, diz a FGV. Os empresários do setor de serviços acusaram um desânimo inesperado, na virada de setembro para outubro, mas as perspectivas são de melhora até dezembro, diz o HSBC.

O Índice de Confiança da Construção, medido pela Fundação Getulio Vargas, teve, em outubro, sua terceira alta seguida, na comparação com o mesmo mês de 2011. Considerado o trimestre encerrado em outubro, houve queda de 5,1%, a menor variação negativa da série de comparações interanuais, iniciada em setembro de 2011. No mês passado, queda fora maior, 7,8%, nas mesmas bases de comparação. O resultado sinaliza aumento do ritmo de atividade no setor, diz a FGV.

A melhora relativa ocorreu em todos os principais segmentos, principalmente os de construção de edifícios e obras de engenharia civil (queda de 7,4% em setembro e de 4,3% em outubro), aluguel de equipamentos (recuos de 7,3% e 4,6%), obras de instalações (7,3% e 5,6%). Para o setor, há sinais de melhora no presente e no futuro. A variação interanual trimestral do presente passou de -9,4% para -5,5% e a do futuro, de -6,4% para -4,7%.

Das 703 empresas consultadas, 26,8% disseram ter tido aumento de atividade no trimestre findo em outubro (29,5% no mesmo período de 2011) e 17,4% consideraram que a atividade diminuiu (14,5%). Preveem demanda maior 40,2% dos entrevistados (45,3% em outubro 2011) e temem piora, 4,2% (antes, 4,8%).

Serviços: recuo inesperado
Outro indicador divulgado nesta terça foi o Índice de Gerentes de Compras no setor de serviços (PMI, na sigla em inglês): de setembro para outubro, queda de 52,8 para 50,4 pontos - ainda acima do divisório entre piora (abaixo de 50) e melhora (acima), mas dando sinal de inesperada desaceleração. Mas o índice de expectativas saltou de 67,5 para 86,8 pontos, sinalizando melhora na confiança do empresário.

"As empresas do setor privado brasileiro indicaram um volume mais elevado de novos trabalhos recebidos em outubro, o segundo aumento mensal sucessivo registrado. No entanto, o ritmo de expansão foi modesto apenas. Tanto os fabricantes quanto os provedores de serviços registraram aumentos fracos", diz nota do HSBC, que elabora o indicador.

"A atividade no setor de serviços aumentou pelo segundo mês consecutivo, ainda que por uma taxa marginal apenas. Segundo os entrevistados, a atividade aumentou em sintonia com a demanda mais forte e com as melhores condições econômicas. Não houve alteração no nível global de empregos junto às empresas do setor privado em outubro. Os provedores de serviços indicaram ter havido criação de postos, citando a demanda mais forte e as expansões dos negócios".

Para os analistas do HSBC, a expectativa é de ganho de velocidade na recuperação econômica neste quarto trimestre, já que a produção aumenta a ritmo mais rápido no setor industrial, o volume de novos pedidos se expande ligeiramente nos setores privados e a inflação de preço de insumos no setor privado é a mais lenta em onze meses.

SETEMBRO MOSTROU FRAGILIDADES


É preocupante a trajetória da indústria este ano, em que pese a última pesquisa do IBGE, com queda menor que as anteriores em setembro (-1% sobre agosto). É que, alerta o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial, de 27 segmentos, 16 tiveram queda de produção e, especialmente, foi significativo o recuo de ramos importantes no conjunto, com mais de um terço da produção total: veículos (-0,7%), alimentos e bebidas (-2%), produtos químicos (-3,2%) e máquinas e equipamentos (-4,9%).

Diz o Iedi, em seu estudo mensal, que "o revés de setembro nem foi episódico nem pontual, mas, sim, teve abrangência e refletiu o que há de mais central em nossa indústria. Sugere ainda uma grande preocupação: possivelmente o setor tem uma fragilidade que o torna menos apto a decolar com a mesma facilidade e sustentação que desfrutou em outras épocas. Tal fragilidade tem origem interna, resultado de custos sistêmicos altos, valorização da moeda e produtividade deficiente. Mas, a causa fundamental que levou à crise da indústria brasileira veio de fora. A crise mundial está longe de estar resolvida, o que aprofundou a disputa entre as economias líderes por mercados de bens industriais ao redor do mundo".

"Com enormes problemas que só recentemente começaram a ser tratados pela política econômica, a indústria brasileira progressivamente vai perdendo mercados de exportação e cede parcelas de sua fatia no próprio mercado interno. Segundo o Banco Central (Relatório de Inflação de junho de 2012), 100% do crescimento do mercado brasileiro de bens industriais foi atendido por importação. Nossa avaliação é que o mesmo quadro se apresenta no corrente ano com o agravante de que as vendas externas da indústria que até então cresciam, passaram a declinar".

"Em suma, o resultado industrial de setembro traz um alerta: os problemas da economia e da indústria estão intactos a despeito das medidas adotadas pelo governo que, no entanto, precisam de tempo para frutificar. E lança uma dúvida sobre a atual recuperação: ela poderá ser mais modesta e menos regular do que se esperava".

VENDA DE VEÍCULOS AUMENTOU 5,7% ESTE ANO
Informa a Fenabrave, entidade das revendedoras: em outubro, foram vendidos 341,7 mil novos automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, número 21,8% maior que o de um ano antes e 18,6% maior que o de um mês antes. No acumulado do ano, a venda cresceu 5,7%, com 3,1 milhões de veículos novos licenciados. Nesta quarta, dia 7, a Anfavea, entidade das montadoras, divulgará os números de produção.

Outubro
Em outubro, foram vendidos 326,9 mil automóveis e comerciais leves (avanços de 23,9% e de 17,8% na mesma ordem), 12,5 mil caminhões (queda de 9,5% e alta de 48,1%), 2,2 mil ônibus (-25% e + 8,1%), 134,7 mil motos (-7,8% e +16,9%).

Janeiro a outubro
De janeiro a outubro, a venda de automóveis e comerciais leves cresceram 7,3% e a de caminhões caiu 21,5%. Daqui até dezembro, a Fenabrave espera menor ritmo na venda dos primeiros e melhora na dos segundos, terminando o ano com aumento de 4,8% nos carros e comerciais, enquanto a queda na venda de caminhões se reduzirá para 19%.

Menos crédito 1
Informa o jornal Valor Econômico que está secando a fonte generosa do crédito bancário para compra de automóveis e motos. Os bancos endurecem na liberação, desde a virada do semestre, para conter a taxa de inadimplência, considerada alta e causadora de lucros menores.

Menos crédito 2
Este ano, de julho a setembro, houve financiamento para 38% dos carros, motos e veículos pesados vendidos. Um ano antes, para 45%. Em setembro, conseguiram crédito 35% dos compradores, o menor percentual desde 2007, segundo dados da Cetip, que registra operações de crédito de veículos dos bancos nos departamentos estaduais de trânsito. Os outros 65% usaram recursos próprios, consórcio ou leasing.

Exportações
Em setembro, as exportações de produtos eletroeletrônicos somaram US$ 659,7 milhões, resultado 16,4% inferior ao atingido um ano antes (US$ 789,4 milhões). Informa a Abinee que esse foi o quinto mês consecutivo em que as vendas externas ficaram abaixo das apontadas em igual mês do ano anterior.

Dois positivos
Nessa comparação, aumentou apenas a exportação de bens de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica (4,5%) e de utilidades domésticas (1,4%). A queda foi maior nos setores de telecomunicações (41,9%) e de equipamentos industriais (40,4%).

Menos celulares
As exportações de telefones celulares continuaram recuando: 53% neste setembro sobre o do ano anterior, caindo de US$ 41 milhões para US$ 19 milhões.

No ano 1
No acumulado de janeiro a setembro, o setor eletroeletrônico exportou US$ 5,820 bi, valor 3,4% menor que o do mesmo intervalo em 2011 (US$ 6,030 bi). A queda de 24,7% nas compras da Argentina foi a causa: excluído esse país, o sinal se inverteria para amento de 3,8%nas exportações brasileiras de produtos do setor este anbo.

Importações
Em setembro, as importações de produtos do setor somaram US$ 3,320 bi, com queda de 9,7% sobre setembro 2011 e de 10,4% sobre agosto 2012. Foi a sexta queda em nove meses, sempre na comparação com o resultado do ano precedente. No confronto setembro/ setembro, só a compra de equipamentos industriais cresceu (9,7%). As maiores quedas foram as dos setores de geração, transmissão e distribuição de energia (30%), principalmente de geradores (75%) e de torres (84%). Também foi menor a compra de celulares importados (66%).

No ano 2
No acumulado de janeiro a setembro de 2012, as importações atingiram US$ 30,4 bilhões, 1,7% abaixo das apontadas em janeiro-setembro de 2011 (US$ 30,9 bilhões). Cinco das oito áreas do setor analisadas registraram taxas negativas, sendo as maiores as de geração, transmissão e distribuição de energia (-23,9%) e de telecomunicações (-19,5%), com menos compras de motogeradores (-56,1%) e celulares (-57%).

Mais importados
Neste ano, os aumentos de importações foram, na média, modestas, abaixo de 3,0%. Exceções foram os casos de material elétrico de instalação, automação industrial e componentes. Em componentes importados, o Brasil gastou US$ 17 bi, ou 56% do total, principalmente em partes para telecomunicações, semicondutores e componentes para informática (R$ 10,9 b)i.

Déficit
No acumulado janeiro/setembro, o déficit da balança comercial de produtos do setor eletroeletrônico atingiu US$ 24,560 bi, valor 1,27% abaixo do registrado no mesmo período de 2011 (US$ 24,870 bi). Essa redução decorre de queda das importações (-1,7%), mais que de reação das exportações (-3,4%).

China compra menos
Diz a Abinee que o maior déficit ocorreu com os países da Ásia (US$ 19,3 bi), principalmente com a China (US$ 11,0 bi). Por regiões, a balança só foi superavitária (US$ 1,96 bi) com os países da Aladi.

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