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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Como nacionalizar e tornar justa a agricultura brasileira

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Para reverter esta situação caótica de arrebatamento e de achatamento, continuado e crescente, da renda liquida, que seria dos agricultores em especial dos familiares, pela estrangeirização mais a oligopolização da agricultura brasileira (que tende a piorar, mas que poucos veem ou tentam resolver e que muitos até concordam e aceitam), seria necessário tomarem-se apenas algumas medidas simples (não mirabolantes), mas que dependem totalmente da união dos agricultores e de uma vontade política real, começando pelas prefeituras, associações, sindicatos e cooperativas locais, das mais simples e pobres:

1) Criar uma nova Lei Cooperativa moderna e voltada para mercados e premiando a fidelização negocial (vide artigo anterior);

2) Implantar, urgente e progressivamente, um Seguro de Renda nacional, abrangente e por baixos custos, delineado e coordenado apenas pelos Governos, absolutamente sem interveniências externas e mediante consultas apenas às Universidades e às Entidades nacionais, exceto bancos e seguradoras (vide artigo anterior), mais pleno debate no Congresso;

3) Exigir, Dinamizar e Modernizar, não apenas no discurso, todo o Sistema Cooperativo e Associativo nacional, desde que já voltado para mercados e resultados (sem duvidas, esta será a base de um “Novo Brasil Rural” nacional, justo e para todos, sobretudo para os agricultores familiares - vide artigo anterior);

4) Regulamentar, urgente, a Lei 12.087/09 (Fundo Garantidor Rural + Fundo Catástrofe), aprovada em 2009 e fundamental para modernizar e nacionalizar a agricultura brasileira, por ser base para uma série de programas em especial de um Seguro de Renda nacional e que também já deveria ter sido criado e aprovado;

5) Aprovar, rapidamente, o Projeto de Lei 8023/10 já na pauta do Plenário da Câmara e que regulamenta e dinamiza um Novo Modelo de Integração, Parceria e Fomento rural, muito mais justo para os agricultores e já com a anuência e a participação da maioria das agroindústrias, exceto das cooperativas, e que debaterem e negociaram tais propostas em todo 2010, ficando tudo documentado na Comissão de Agricultura.

6) Procurar eleger nas associações, sindicatos, cooperativas e outros órgãos, lideres “REALMENTE NACIONALISTAS” e que somente falem a “verdade” por mais doída que seja. No Brasil, depois do “marketing” e do “embromation”, quase não se falam mais “verdades” e isto está matando as instituições e empresas e sem que estas se apercebam e, pior, iludindo e desestimulando o povo;

7) Propiciar condições para o soerguimento de novos grandes lideres rurais. Nosso País é rural e a agricultura é a nossa salvação histórica, mas quase não temos lideres reais, sendo que o último foi Allysson Paulinelli (de 1974 a 1988). Roberto Rodrigues teve todas as condições de mudar e de melhorar a Lei e o Sistema Cooperativo, mas ou não quis ou não pode fazê-lo;

Concluindo, digo que não sou contra as multinacionais (que fazem seu trabalho normal como em quaisquer Pais e que geram empregos internamente, embora possam canibalizar bem menos, se assim exigidas – algumas já até ajudam para ampliar a renda e já se nacionalizando), mas, sim, contra a inércia, e até concordância, atual dos agricultores brasileiros e da maioria de suas entidades (já com bons exemplos de umas 10 Cooperativas do Sul e Centro-Sul, embora ainda desunidas, não disseminadoras de seu bom modelo e ainda concordantes com o Modelo imposto atual e ainda apenas com visão microrregional. Elas podem liderar a mudança que o Brasil tanto precisa, desde que fora do sistema atual e numa nova Central especifica e unida em objetivos modernos e iguais). Também, não posso concordar com o “entreguismo” e até “espertezas” de muitos ditos lideres e até de alguns consultores, rurais.

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