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Notícias / Economia

Veja fotos dos aviões e helicópteros dos milionários do agronegócio

Da Redação - Rodrigo Maciel Meloni

Dados divulgados pela Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag) mostram que o setor do agronegócio – responsável pelo superávit da economia brasileira -, foi o principal motivo do crescimento de 14% registrado nas vendas de jatos executivos, turboélices e helicópteros no mercado nacional. O levantamento da associação é referente ao período de 2011 a 2012 e tem nos grandes produtores de grãos e gado e nos donos de usinas de cana, de fábricas de fertilizantes e dos grandes frigoríficos seus maiores clientes.

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O relatório da Abag destaca o crescimento de 385% nas vendas dos últimos cinco anos para o Centro-Oeste, região com a economia baseada nas atividades agropecuárias.

Estes novos milionários compraram aproximadamente 70% dos 35 turboélices vendidos pela Líder Aviação, que representa no país a fabricante americana Beechcraft e, conforme a Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A (Embraer), maior vendedora de jatos no Brasil, adquiriram 13% dos 108 jatos vendidos da linha Phenom, a mais importante da empresa.

O mercado de helicópteros também foi impactado positivamente pelo crescimento vertiginoso experimentado pelo agronegócio nas duas últimas décadas. Cerca de 15% de todos os helicópteros Esquilo vendidos no país são utilizados por profissionais ligados ao campo. Segundo François Arnoud, vice-gerente de marketing da Helibras, fabricante do Esquilo, o modelo representa metade da frota de dois mil helicópteros que povoam o céu brasileiro.

O sucesso do modelo, segundo o fabricante, se deve ao fato de que 48% das peças do helicóptero são nacionais, tornando possível ao empresário que o compra acessar linha de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), resultando numa cobertura de 85% dos gastos.

Modelos de sucesso

A Líder Aviação tem como carro-chefe a linha King Air, que responde por 50% das vendas. O modelo King Air 250, por exemplo, que pode levar até nove passageiros a uma velocidade de até 574 km/h, sai por R$ 14,5 milhões (sem impostos), conforme levantou a reportagem do site UOL. O modelo tem capacidade de pousar em pistas sem pavimentação de apenas 600 ou 700 metros – a pista do aeroporto de Congonhas em São Paulo, que é considerada pequena, tem 1.600 metros.

Já os principais produtos da Embraer são os jatos Phenom 100 e Phenom 300, que custam US$ de R$ 9,6 milhões a R$ 21,5 milhões. Os monomotores também fazem a felicidade dos empresdparios do agronegócio. Aqui, o destaque vai para o Pilatus PC-6, que custa cerca de R$ 4,8 milhões.

A TAM AE (TAM Aviação Executiva), que representa as marcas Cessna e a Bell para helicópteros no Brasil, informa que 26% de todas as aeronaves foram vendidas nos últimos três anos foram para o agronegócio.

Helicópteros

Avaliação do mercado aponta para o uso de helicópteros pelos produtores por causa da facilidade que o veículo proporciona na locomoção entre entre fazendas, que muitas vezes estão distantes de grandes aeroportos, ou para ir da cidade para o campo, numa velocidade que pode atingir até 259 km/h.

O sucesso do Esquilo está ligado à possibilidade de adaptações em sua configuração. "Ele é o único helicóptero que já pousou no Everest e enfrenta também os climas mais quentes e úmidos", diz.

Os três assentos traseiros do helicóptero podem ser levantados para liberar espaço para cargas. O Esquilo aguenta transportar até 1,4 tonelada, o suficiente para uma caixa d'água com capacidade para 1.400 litros, que pode ser carregada pelo lado de fora e esvaziada sobre focos de incêndio em plantações. Com o tanque cheio, a aeronave pode voar 666 km sem necessidade de reabastecimento.
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