A cotação da soja operou com ganhos acima de dois dígitos durante a maior parte do dia na Bolsa de Chicago (CBOT), mas devolveu os lucros no encerramento do pregão, com preço fixado em US$ 14.936 – ganho de apenas 1.2 centavos de dólar por bushel em relação ao dia anterior para os contratos com entrega em novembro. Saldos mínimos também foram observados nos contratos feitos com vencimentos entre janeiro e novembro de 2013.

O ensaio de reação ocorreu depois das fortes perdas – de até 30 centavos de dólar por bushel - ocorridas no pregão de segunda-feira, quando traders venderam contratos para realização de lucros. Porém, de acordo com comentaristas da CBOT, o mercado passou por uma correção de preços e operou com fundamentos nesta terça-feira.

David Fiala, analista da DTN, avalia que os estoques de grãos para esmagamento são bons o suficiente para manter os processadores trabalhando no curto prazo para garantir as necessidades.

“Não foram indicações de interesse chinês significativa novamente, embora o comércio está a espera de confirmação. Na América do Sul parece que há bom tempo para a cultura de desenvolvimento no curto prazo, mas ainda no início da estação de crescimento”, comenta o analista na CBOT.

Ele relembrou que as inspeções de exportações feitas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) eram muito boas, em 57,8 milhões de bushels. “O progresso da colheita foi listado em 71% em relação ao total de 58% de média dos últimos cinco anos. A colheita deve continuar em um ritmo bom esta semana, com a umidade diminuir a atividade em algumas áreas. A maior parte da colheita restante está nos hectares a Leste ou duplo-safra que será de prazo superior nas próximas semanas”, fundamenta David Fiala.