Imprimir

Notícias / Agronegócio

Maior incidência de lagarta no algodão pressiona custo com inseticidas em Mato Grosso

De Sinop - Alexandre Alves

 As lavouras de algodão – 1ª e 2ª safras - estão se desenvolvendo bem em Mato Grosso, devido ao bom volume de chuvas registrado nas últimas semanas. Porém, a preocupação continua sendo a ocorrência de ataques das lagartas, sobretudo a lagarta da maçã, o que aumenta o número de aplicações com inseticidas.

Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o custo com inseticida, que já é R$ 670 por hectare na safra 2012/13, deve ser ainda mais pressionado. A análise consta do último boletim do algodão elaborado pelo instituto e divulgado nesta segunda-feira.

Algodão em MT terá rentabilidade afetada por incidência de lagartas

“A tendência é o produtor se focar nos tratos culturais nas próximas semanas em detrimento da comercialização”, pontua o Imea.

As previsões pluviométricas para maio, segundo a Somar Meteorologia, estão acima da média histórica, com chuvas entre 20 e 40 mm para a região de Campo Novo e Rondonópolis, o que ainda pode modificar a produtividade da safra 2012/13.

Custo de produção do algodão registra alta de até 17% em Mato Grosso

A produtividade do algodão em Mato Grosso deve cair na temporada 2012/13. As estimativas do Imea apontam para um recuo de 7%, esperado para 239 arrobas por hectare. “O fato se deve por 72% do plantio nesta safra ter sido em forma de safrinha, o que deixa a necessidade hídrica em risco”, explica o boletim.

Mas o instituto prevê que, se as chuvas das últimas semanas se prolongarem, elas favorecerão a fase de preenchimento das maçãs e possivelmente essa previsão será puxada para cima.

Demanda e preços

A retração da demanda industrial pela pluma nacional provocou queda de 8% no preço da pluma, desde o início de abril, sendo cotada a R$ 62,1/@ na média do Estado, deixando os negócios da pluma mais lentos. O acumulando mensal na retração do preço é de 6% e, semanal, de 3%.

“O mercado está diante de poucos negócios frente à baixa demanda pelas indústrias, que permanecem retraídas. As aquisições foram suficientes até para o final de maio, por isso devem voltar a demandar a pluma após este período, quando os estoques se reduzirem”, analisa o Imea.
Imprimir