De Novo Progresso - Marcos Coutinho/Da Redação - Jardel P. Arruda
O prefeito de Novo Progresso, Osvaldo Romanholi (PR), teceu duras críticas ao que classifica como falta de empenho e determinação do Goverrno Federal com o término do asfaltamento da BR 163 em território paraense. Além disso, o líder municipalista condenou a forma vagarosa e lenta as obras que vem sendo tocadas pelas empreitarás 3 Irmãos, Trimec, Agrimat e Cavalca.
Depois de 11 horas de lama e poeira, empresários chegam ao Pará para checar nova rota de escoamento
“É inaceitavel essa situação. Falta determinação, falta mais empenho do governo federal nesas obras no Pará. Pior ainda é o banho Maria em que as empresas tocam as obras”, declarou Romanholi, durante evento realizada em Novo Progresso para recepcionar a comitiva de empresário Rota – 163, que busca um novo trajeto para escoar a produção agropecuária.
Em entrevista ao Olhar Direto, o prefeito paraense ressaltou a importância do Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit) descruzar os braços e cobrar de forma efetiva mais agilidade nas obras de pavimentação da rodovia federal.
“Essas obras de pavimentação já deviam estar prontas. Infelizmente o Governo Federal não se empenha mais pelo Pará, como devia. Se continuar assim não vai terminar as obras esse ano porque temos um período curto de estiagem. É preciso acelerar as obras”, apelou Romanholi.
Rota – 163
O estradeiro “Caminho da Integração – Rota 163 (MT-PA)”, que saiu de Cuiabá com uma comitiva de 10 carros traçados ocupados por empresários de Mato Grosso, Brasília, Goias, Paraná e Pará tem como objetivo comprovar a economicidade do escoamento da safra da região do norte e médio norte de Mato Grosso através dos portos a serem instalados no distrito de Miritituba, no município de Itaituba, no Pará.
Através dos terminais de transbordos de Miritituba, a produção de Mato Grosso pode ser escoada pelos portos do norte, como Santarém e Vila do Conde, ambos no Pará, e Santana no Amapá. Em síntese, essa nova via pode resultar em uma economia de mil quilômetros no modal terrestre e no mínimo três dias na via marítima.
Atualmente a safra mato-grossense é escoada para o exterior através dos portos de Santos - SP, Paranaguá - PR, São Francisco - SC e Rio Grande RS. Além de distantes, esses portos estão supersaturados, atrasando a saída do produto brasileiro e aumentando o custo final da logística.