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Farelos de milho terão isenção de imposto após projeto de lei ser aprovado no Senado

Da Redação

Os farelos de milho, produzidos pelas biorrefinarias de etanol de milho, passarão a ter o mesmo tratamento tributário que os farelos de soja e ficarão isentos da incidência da Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Contribuição para o PIS/Pasep) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).

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A isonomia tributária é uma proposta do Projeto de Lei (PL) 1548/2022, aprovado nesta quarta-feira (10) no Senado Federal. 

Os farelos de milho são conhecidos como DDG/DDGS e utilizados para nutrição animal, sobretudo de bovinos, suínos, aves, peixes e animais de companhia. Com a isenção dos tributos, as indústrias terão mais competitividade e vão poder oferecer produtos com menor preço. Atualmente, o percentual das contribuições, agregadas, é 9,25%.

“A aprovação do PL 1548/2022 vai beneficiar toda cadeia produtiva do etanol de milho, de proteínas e chegar até os consumidores finais. Quanto mais competitiva a indústria brasileira se torna, maior é a agregação de valor às matérias-primas, mais empregos são gerados e há uma melhor distribuição de renda”, afirma o presidente executivo da União Nacional do Etanol de Milho (Unem).

O PL 1.548/2022 é um texto alternativo proposto pelos deputados ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 117/2018, apresentado originalmente pelo então senador Cidinho Santos (MT). Após seis anos de discussão, o texto relatado pelo deputado Sérgio Souza (MDB/PR)  foi aprovado, em abril deste ano, na Câmara dos Deputados.

Em seguida, o PL foi enviado para o Senado, onde passou pelas Comissões de Agricultura e Reforma Agrária e  de Assuntos Econômico. A senadora Tereza Cristina (PP/MS) foi responsável pela relatoria do projeto. 

“Este é um projeto super importante porque ele traz um equilíbrio para o produto milho. Nós temos já a soja que tem essa isenção, importantíssima para a ração animal, para as nossas proteínas. O Brasil é o maior exportador de proteína animal do mundo, de carnes bovinas, frangos, suínos. E o milho também compõe essa ração”, defendeu a senadora Tereza Cristina.

O senador Jayme Campos (União-MT) também defendeu o projeto, alegando que se trata de uma questão de isonomia entre a soja e o milho.

"Nós estamos permitindo, com a isenção do PIS e Cofins, o aprimoramento e o desenvolvimento econômico e social de várias regiões do país e, particularmente, de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul”, disse.

A Consultoria de Orçamentos do Senado (Conorf) estima que, em 2024, a arrecadação tributária proveniente da produção do biocombustível aumentará em R$ 360 milhões, enquanto a isenção tributária proposta geraria renúncia de R$ 43 milhões.
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