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Aprosoja questiona reativação de balanças em rodovias de MT e diz que medida vai prejudicar logística

Da Redação - Rodrigo Costa

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) afirma que a reativação de balanças entre eixos nas rodovias de Mato Grosso pode ter um efeito oposto ao pretendido e prejudicar a logística de grãos durante a colheita e reduzir a renda de motoristas de caminhões. O assunto foi debatido em audiência pública, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). 

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De um lado, a Secretaria de Infraestrutura (Sinfra) alega a necessidade das balanças para preservação da malha asfáltica. Porém, na avaliação das concessionárias que são responsáveis pela manutenção das vias e representantes do setor produtivo, a reativação das balanças entre eixos não tem viabilidade. 
 
Para o presidente da Aprosoja-MT, Lucas Costa Beber, os pequenos produtores serão os principais prejudicados, pois como não possuem estrutura de armazenagem ou colheitadeiras com balanças, terão que reduzir a carga para terem a certeza que não estão ultrapassando o limite. 
 
Ademais, há a questão da umidade dos grãos, onde o mesmo volume de carga pode apresentar pesos diferentes. “Sem dúvida, vai precisar de mais caminhões, o que vai aumentar ainda mais o tráfego e aumentando o desgaste dessas rodovias”, pontuou Lucas, alertando ainda que há o risco de caminhões ficarem parados nas filas de balanças, reduzindo a renda dos motoristas.
 
Outra preocupação dos produtores, pontua o presidente da Aprosoja-MT, é a possibilidade de realizar a colheita à noite. Pois, como há agricultores que arrendam terras nas proximidades ou possuem fazendas maiores, terão que transportar esse grão até seus armazéns. “Vai ter fiscal da Sefaz 24 horas trabalhando? Terá polícia trabalhando? Quanto isso vai encarecer para o estado?”, questiona. 
 
Já o consultor de logística da Aprosoja-MT, Edeon Vaz, destacou que nem mesmo as trades possuem balanças para pesar peso por eixo. Ele lembrou que a maioria dos contratos com as concessionárias citam a balança, mas é preciso rever a necessidade de se tê-las. E, caso seja decidido pela reativação das balanças, que seja por peso bruto total, defendeu Edeon.  
 
“Nós sabemos que as rodovias são penalizadas quando há excesso de carga. A gente não gostaria que fosse implantada, mas caso venha a ser implantada, que ela seja por peso bruto total, e aí se daria uma margem de tolerância de 10% para que você possa remanejar carga”, sugeriu Edeon Vaz.
 
Já durante entrevista à imprensa, Lucas Costa Beber enfatizou que não é de interesse de nenhum agricultor ou motorista exceder o peso em seus veículos, pois isso pode levar os veículos a quebrarem e acarretar em mais prejuízo. Além disso, o poder público já pode realizar a fiscalização por meio das notas fiscais. 
 
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