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Venda de veículos novos registra queda de 4% em abril, enquanto comércio de motos supera expectativas

Da Redação - Mayara Campos

A venda de veículos novos em Mato Grosso registrou uma queda de 4,13% no mês de abril, em relação a março. De acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), foram vendidos 3.137 automóveis e comerciais leves, representando uma queda de 9,18% em relação ao mesmo mês de 2021.

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A tendência decrescente na comercialização de veículos não se restringe ao estado, uma vez que no cenário nacional, a queda ficou no mesmo patamar (-16,80%). Na contramão desse cenário, a venda de motocicletas cresceu 46,14% no comparativo de abril de 2021 e deste ano.

A linha em declínio de emplacamento de veículos em Mato Grosso vem sendo registrada desde o primeiro mês deste ano. Ao analisar a economia do setor de forma geral, o acumulado de janeiro e abril apresentou 1,26% de queda se comparado ao primeiro quadrimestre de 2021.

O número dá a falsa sensação de estabilidade, o que não pode ser tomada como verdade absoluta. É o que frisa o presidente da Fenabrave-MT, Paulo Boscolo. "Automóveis despencou e motocicletas dispararam. Ônibus e caminhões apresentam crescimentos importantes também, mas com base em volumes relativamente pequenos", salienta.

Mesmo diante de um quadro negativo das vendas, há setores do comércio de veículos que comemoram, como é o caso das concessionárias de motocicletas. No acumulado de janeiro a abril do ano passado 9.222 motos foram emplacadas em Mato Grosso, quantitativo superado este ano, quando 10.806 novas motos foram comercializadas (17,18% a mais). Caminhão e ônibus também superaram expectativas, sendo que, na ordem respectiva, apresentaram 31,27% e 54,35% de alta.  

"Segundo mês seguido de crescimento forte em motocicletas, parece que as montadoras encontraram o caminho da retomada da produção e a demanda continua pressionando a produção. Em se tratando dos caminhões, o que se ouve dos colegas concessionários é que a produção de 2022 já está praticamente vendida", diz o presidente. Ele ainda acrescenta o fato da oferta e procura continuar invertida.

Questionado sobre os fatores que colaboram para a queda nas vendas de automóveis, Boscolo destaca os mesmos motivos dos meses anteriores. "Lockdown na China e nos principais países fornecedores de componentes para a indústria do mundo inteiro. Associado a isso, as preocupações provenientes da guerra da Rússia e a volatilidade do mercado financeiro", diz. Ele ainda acrescenta o fato da oferta e procura continuar invertida.

Para Edson Maia, diretor da Fenabrave-MT, que representa o segmento de automóveis e comerciais leves, "existe uma demanda que faria os números serem melhores, mas a produção caiu muito mais. Com isso, no mundo todo, o custo de montagem de um veículo ficou mais alto".


 
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