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Ibama emite licença de instalação da Ferrovia de Integração Centro-Oeste

Da Redação - Fabiana Mendes

A licença de instalação para as obras da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO), entre Mara Rosa (GO) e Água Boa (MT), foi concedida, nesta terça-feira (29), pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Com isso, as obras, do ponto de vista ambiental, estão aptas a serem iniciadas, a partir do próximo ano. A estimativa é que sejam investidos R$ 2,73 bilhões. 

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O trecho de 383 km vai interligar o Vale do Araguaia, região produtiva e em desenvolvimento do Mato Grosso, com a Ferrovia Norte-Sul, favorecendo o escoamento da safra aos portos de Santos (SP), de Itaqui (MA) e, no futuro, de Ilhéus.

No total, de acordo com informações da assessoria de imprensa, o empreendimento conta com obras em 12 municípios, que serão realizadas pela Vale, por meio de investimentos cruzados, a partir da outorga da prorrogação antecipada do contrato da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM).

"Trata-se de uma grande notícia. Com a licença de instalação, poderemos iniciar as obras já no ano que vem. Assim, a FICO começa a se tornar realidade, ligando o Vale do Araguaia à Ferrovia Norte-Sul. Mais uma ferrovia do nosso programa que sairá do papel", comemora o ministro da infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. Em 2025, a ferrovia será capaz de movimentar cerca de 13 milhões de TU (toneladas úteis). A previsão é que, ao longo do contrato de concessão, sejam gerados 116 mil empregos, entre diretos, indiretos e efeito-renda.

O Ibama estabeleceu uma série de demandas, contidas no Plano Básico Ambiental, o que inclui programas voltados para flora, fauna, gerenciamento de resíduos sólidos, monitoramento da qualidade da água, plantio compensatório e prevenção a queimadas, por exemplo.


INFORMAÇÕES AMBIENTAIS 

O projeto da FICO é tido como um dos mais sustentáveis do programa de concessões do Governo Federal. Nenhuma unidade de conservação é interceptada e o traçado licenciado é 1,4 km distante das unidades de conservação mais próximas à ferrovia.

Além disso, o traçado licenciado não intercepta nenhum assentamento. Também não abarca nenhuma terra indígena ou comunidade remanescente quilombola dentro ou fora da Amazônia legal.
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