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Outorgas de concessões devem levar ferrovia FICO até Lucas do Rio Verde

Da Redação - Isabela Mercuri

Novas outorgas de concessão podem levar os trilhos da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO) até a cidade de Lucas do Rio Verde (334km de Cuiabá), um dos principais centros de produção de grãos do Brasil. A informação foi dada pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, ao senador Wellington Fagundes (PL-MT), presidente da Frente Parlamentar de Logística e Infraestrutura (Frenlogi).

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Segundo Freitas, a intenção é usar valores recolhidos no ato das concessões ferroviárias para construir novos trechos. Além disso, a extensão FICO de Água Boa até Lucas do Rio Verde deve ser viabilizada com uma futura concessão do primeiro trecho da própria FICO, entre Mara Rosa (GO) e Água Boa, e da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, que ligará o Porto de Ilheus (BA) até a Ferrovia Norte-Sul.
 
"Como construir ferrovias em cenário de restrição fiscal? Temos uma ideia. E essa estratégia busca viabilizar o que pode ser nosso maior legado: a cruz ferroviária brasileira (Norte-Sul, FIOL e FICO), criando três saídas, Itaqui, Ilhéus e Santos, para toda produção do nosso interior”, explicou o ministro.
 
De acordo com a assessoria de imprensa de Wellington, o modelo a ser usado para levar os trilhos da FICO até Lucas é o mesmo da implantação do primeiro trecho da ferrovia, viabilizada a partir da renovação das concessões da Ferrovia Vitória-Minas, e Carajas, operadas pela Companhia Vale.
 
Com isso, a Vale destinará R$ 2,73 bilhões ao fundo destinado à construção da FICO. Com o adiantamento do projeto básico e o processo de licenciamento ambiental, as obras da ferrovia devem começar em 2021.

Este primeiro trecho da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste terá 383 quilômetros de extensão, conectando a região da BR-158, no Vale do Araguaia em Mato Grosso à Ferrovia Norte-Sul, em Goiás.
 
Wellington afirma que essa ferrovia "será um grande passo para interiorizar o desenvolvimento", se constituindo '"em mola motriz ao crescimento de nosso Estado, e irá reduzir custos até os portos, para exportarmos com mais competitividade".

Dentro da Frenlogi, segundo o senador, existe um consenso de que é preciso investir energias para viabilizar o modal ferroviário no Brasil. "Diante das estradas abarrotadas é importante construir a intermodalidade do transporte no país. Nesse sentido nós acreditamos muito no setor ferroviário" – disse o parlamentar mato-grossense. 
 
Além da Fico, Mato Grosso deverá se beneficiar, a curto e médio prazo, com mais dois projetos ferroviários: o primeiro leva os trilhos da Ferronorte, atualmente em Rondonópolis, até Cuiabá, seguindo também para o Norte do Estado; o segundo é o projeto da Ferrogrão, que liga Sinop até os portos do Arco Norte da Logística, em Miritituba, onde se conectará ao modal hidroviário até Santarém (PA).
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