Construída no Rio Aripuanã, no município homônimo em Mato Grosso, a usina de Dardanelos rendeu mais de R$ 90 milhões em lucros líquidos em 2016, de acordo com o balanço financeiro divulgado pela empresa que administra o empreendimento. O número representa um aumento de 43% em relação ao lucro obtido em 2015.
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A usina tem capacidade de potência de 154,9 megawatts (MW) de energia e é adminsitrada pela Energética Águas de Pedra S.A, consórcio composto pela Neoenergia S.A., com 51% de participação, pela Eletronorte (24,5%) e pela Chesf (24,5%). O consórcio foi criado em 2007 e o empreendimento passou a operar em 2011.
A Dardanelos é conhecida por ter desenvolvido uma das melhores relação entre área inundada e energia gerada, ou seja, o reservatório construído inundou uma região de apenas 30 km², mas acabou gerando proporcionalmente mais energia se comparada a hidrelétricas maiores.
O lucro total obtido este ano foi de R$ 90.698.897,51 contra R$ 63.243 milhões no ano passado. A lucratividade deste tipo de empreendimento é o que atrai diversas empresas para o setor. Atualmente mais de 70% da energia brasileira vem das hidrelétricas espalhadas pelo país.
Na última semana, o
Agro Olhar revelou que a empresa paranaense Intertechne Consultores já foi autorizada a iniciar os
estudos para construir duas hidrelétricas no norte de Mato Grosso. Uma delas, a UHE Quebra Remo, será viabilizada no Rio Aripuanã, mesma região da usina de Dardanelos. Já a UHE Inferninho será construída no Rio Roosevelt. As vão atingir terras indígenas e unidades de conservação e poderão inundar uma área total de 665 Km².