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Notícias / Agricultura

Produção da soja mato-grossense ganha reconhecimento de sustentabilidade da União Europeia

Da Redação - Viviane Petroli

Os trabalhos desenvolvidos nas lavouras de soja em Mato Grosso ganharam reconhecimento da União Europeia. Um memorando foi assinado em Lisboa, Portugal, considerando o programa Soja Plus como o caminho mais adequado para a conquista do reconhecimento de que a soja mato-grossense é sustentável, segundo diretrizes da Federação Europeia dos Fabricantes de Rações (Fefac).

O documento foi assinado no último dia 19 de janeiro pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), a Associação Brasileira de Indústria de Óleos Vegetais (Abiove), a Federação Europeia dos Fabricantes de Rações (Fefac), a Federação Europeia de Óleo Vegetal e Proteínas (Fediol) e a Iniciativa para Comércio Sustentável (IDH).

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O programa Soja Plus é desenvolvido em Mato Grosso desde 2011 através de parceria entre a Aprosoja e a Abiove. O programa inclusive ganhou adesão de outros Estados, como Mato Grosso do Sul, Bahia e Minas Gerais. O Soja Plus tem por finalidade a melhoria contínua das condições sociais, de trabalho e ambiental nas fazendas produtoras de soja.

Hoje, em Mato Grosso 1.084 agricultores participam do programa e a expectativa é que chegue a 1.300 produtores em 2017.

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) afirma que a assinatura do Memorando de Entendimento "é o reconhecimento internacional do Soja Plus como um programa de soja sustentável".

“Com a assinatura, o Soja Plus passa a ser reconhecido com um programa de produção sustentável, ou seja, é o passaporte da soja brasileira para o mercado europeu. Assim como foi com a China, a concretização deste memorando é um momento histórico para a entidade e também a confirmação de um trabalho árduo que fazemos cotidianamente em campo”, pontua o presidente da Aprosoja-MT, Endrigo Dalcin.

O presidente da Fediol, Henri Rieux, salienta que o "ponto forte desse acordo é que empresas importantes estão se comprometendo com uma abordagem em cadeia para lidar com a questão da produção sustentável de soja no Brasil e a aceitação desses produtos na Europa. Estamos confiantes de que esse diálogo aprimorado terá um impacto positivo e nos permitirá atender melhor às necessidades das partes interessadas na Europa".

Já o presidente da Fefac, Ruud Tijssens, afirma que "Com este acordo, podemos apoiar proativamente avanços de agricultura sustentável no nível das fazendas de soja no Brasil e nos aproximar mais de uma transição de mercado convencional do fornecimento físico responsável de soja para a Europa".
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