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Notícias / Agronegócio

Estiagem força agricultores gaúchos a reduzirem área plantada com arroz

Globo Rural

O momento é de apreensão para os produtores. O agricultor Bruno Seibt, de Cachoeira do Sul, na região central do Rio Grande do Sul, caminha dentro do açude. Ele estima que os reservatórios estejam com apenas 5% da água necessária para o plantio do arroz.

Depois de perder mais de 40% da safra passada devido a estiagem, Bruno não quer arriscar de novo. "A solução é não plantar nada de arroz. A solução é desmanchar a taipa, arriscar na soja de novo e rezar para chover no verão", diz.

Na barragem do Capané, o maior reservatório do município, o nível está quatro metros abaixo do normal. A quantidade é suficiente para irrigar apenas 35% da área semeada no ano passado.

De acordo com o IRGA, de janeiro a julho deste ano choveu cerca de 500 milímetros no munícipio, 30% do esperado para o período. Seria preciso, pelo menos, mais mil milímetros para dar as condições ideais de plantio. Nem mesmo o Rio Jacuí, maior manancial hídrico da região, está totalmente recuperado.

Diante da pouca oferta de água, os técnicos do IRGA dizem que o próximo plantio deve ser feito com muito planejamento.

"Tem que ter muita calma, se não tiver água não plantar toda a área, hoje temos a alternativa da soja, que está entrando forte na várzea e é uma boa alternativa. É melhor fazer uma área menor, mas fazer uma área bem feita, com uma alta produtividade”, explica Ricardo Tatsch.

Se a situação se confirmar, este será o segundo ano consecutivo que os agricultores gaúchos reduzem a área plantada com arroz. Em 2011 o motivo foi o baixo preço.
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