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Renda no campo em Mato Grosso deve ter alta de 5,03% com alta dólar, aponta Imea

Da Redação - Viviane Petroli

 A renda da porteira para dentro em Mato Grosso deverá subir 5,03% em 2015 frente ao ano anterior. Os patamares elevados do dólar nos últimos três meses, chegando à marca de R$ 4,20, beneficiaram as commodities agrícolas mato-grossenses. Outro fator a colaborar com o incremento do Valor Bruto da Produção (VBP) é a revisão dos valores da produção de milho, algodão e cana-de-açúcar.

Na quarta estimativa trimestral para o Valor Bruto da Produção Agropecuária de Mato Grosso as projeções apontam ganhos de R$ 46,1 bilhões, contra R$ 43,9 bilhões analisados em 2014 no período, de acordo com o Boletim Mensal de Conjuntura Econômica do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgado nesta terça-feira, 03 de novembro. Ao se comparar com a terceira estimativa trimestral de 2015 há ganhos de 1% diante os R$ 45,70 bilhões.

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As análises do Imea quanto ao Valor Bruto da Produção, diferentemente da realizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), leva em consideração as seguintes commodities: soja, milho, algodão, cana-de-açúcar, arroz, produtos florestais e lenha, bovinos, aves, leite e suínos.

Na soja observa-se aumento de ganhos de R$ 21,6 bilhões para R$ 23,5 bilhões. O milho, promovido pelo aumento de produção e preços, de R$ 4,1 bilhões para R$ 5,3 bilhões. A cana-de-açúcar de R$ 1,1 bilhão para R$ 1,4 bilhão.

No caso do algodão a produção de pluma foi o fator para o "leve" decréscimo nas estimativas de ganho da porteira para dentro de R$ 4,4 bilhões para R$ 4,2 bilhões, uma vez que a produção de algodão em pluma caiu de 995 mil toneladas para 939,9 mil toneladas.

Na bovinocultura retração de R$ 8,91 bilhões para R$ 7,94 bilhões.

"A quarta estimativa do VBP agropecuário de Mato Grosso para o ano de 2015, apresentou novamente um cenário positivo. A alta cotação do dólar no último período foi um ingrediente importante para a valorização dos preços das commodities agrícolas, colaborando assim para mais um trimestre de crescimento. Contudo, pelo lado da pecuária os números não foram assim tão otimistas, principalmente para a bovinocultura de corte. O cenário de oferta restrita de animais, ocasionou uma queda acentuada no abate de bovinos no último trimestre, influenciando desta forma em uma retração no VBP após 05 anos de crescimento consecutivo", destaca o Imea.

Em produtos florestais e lenha estima-se saldo de R$ 234 milhões para R$ 242 milhões, na pecuária leiteira retração de R$ 499 milhões para R$ 463 milhões e na suinocultura decréscimo de R$ 809 milhões para R$ 706 milhões.
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