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Carne de segunda apresenta alta de 41,11% em Cuiabá; recuo nos abates é motivo

Da Redação - Viviane Petroli

 O quilo da carne bovina em Cuiabá está 12,32% mais caro, em média, que em setembro de 2014. Os cortes de segunda foram os que mais subiram no período. O acém, por exemplo, saltou de R$ 10,97 para R$ 15,92 o quilo, uma alta de 41,11%. Já a costela 34,62%. Em contrapartida o filé mignon subiu apenas 10,07%. A retração de animais abatidos em Mato Grosso é um dos fatores para o aumento de preço.

O quilo da costela em Cuiabá é encontrado em média a R$ 11,61, enquanto em setembro de 2014 estava na casa dos R$ 8,47, segundo levantamento realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O filé mignon saltou de R$ 29,91 para R$ 33,10 o quilo.

Em média o quilo da carne bovina em Cuiabá está em R$ 20,24, enquanto a média de setembro em 2014 era de R$ 17,52.

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De janeiro a agosto Mato Grosso abateu 2,930 milhões de cabeças de gado, conforme o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT). Em média foram levadas para os frigoríficos 366,27 mil cabeças/mês, 20,40% a menos que as 460,16 milhões de cabeças/mês do ano passado.

“A escassez na oferta de animais se intensifica no Estado. Segundo dados do Indea, no mês de agosto foi registrado o abate de 276 mil cabeças, redução de 29% em relação a jul/15 e o menor volume dos últimos seis anos. Uma retenção maior de animais por parte do produtor é compreensível, já que sua remuneração pela arroba foi reduzida no mesmo período (3,82%), e pode estar esperando por melhores preços”, explica o Imea em seu Boletim Semanal da Bovinocultura.

De acordo com a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), a queda de preço da arroba somada ao período de seca, pelo qual o estado passa, levam o produtor a planejar e ter cautela no momento de negociar.

"Esse é um ciclo pecuário mais longo que o normal. O mercado da carne – na cria e recria, segue seu fluxo", pontua o presidente da Acrimat, José João Bernardes.

Abate de fêmeas

Das 2,930 milhões de cabeças de gado abatidas em 2015, até agosto, 46,07% eram fêmeas. Em agosto 36,99% das 276,1 mil cabeças abatidas eram fêmeas.

“Com a proximidade do período de monta esse movimento se torna natural, principalmente com os bons patamares do gado de reposição. Independentemente do sistema de produção, este agitado ano na bovinocultura de corte do Estado merece atenção em todos os elos, a fim de alcançar um objetivo comum, a melhor lucratividade possível”, destaca o Imea.
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