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Pecuarista que ajustar lotação de pastagem no período de seca terá maior retorno

De Sinop - Alexandre Alves

 Mato Grosso tem passado por um período de seca mais severo em relação ao ano anterior. Segundo os dados climáticos da Somar, entre os meses de junho e agosto, período caraterizado pelos baixos níveis pluviométricos, foi registrada uma precipitação acumulada 56% menor em relação ao mesmo período do ano passado.

“Enquanto a escassez de chuvas perdura, ajustar a lotação da pastagem de acordo com a disponibilidade de forragem ou adquirir o alimento para suprir as necessidades do rebanho é um cuidado essencial e que pode ser bem recompensado”, diz o boletim da bovinocultura, elaborado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e divulgado nesta segunda-feira (31).

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Conforme o insituto, com esse cuidado apropriado na alimentação do gado durante esse prolongado período de estiagem, o retorno será maior, tendo em vista que o Estado passa por um ano de escassa oferta de animais para abate e preços da arroba em altos patamares. “Sendo assim, ofertar animais de maior qualidade é uma oportunidade de tirar mais proveito da atividade, principalmente em um período de seca tão delicado como este”.

Reflexos da seca:

De acordo com os dados do Indea, em julho de 2015, abateram-se 388,17 mil cabeças no Estado, das quais mais de 60% foram de bovinos machos. O abate desta categoria cresceu 13,3% em relação ao mês anterior. “Um dos fatores desse aumento pode ser a baixa precipitação registrada nesse período que impacta negativamente na pastagem e, assim, induz o descarte de bovinos com peso elevado, já que consomem grande quantidade de forragem” analisa o Imea.

Já o abate de fêmeas, de 151,56 mil cabeças, chegou à quarta queda consecutiva (desta vez de 3,85%) e o menor volume do ano. Além da oferta restrita, outro fator que estimula a retenção de matrizes é o preço do bezerro que, mesmo tendo retraído, fechou em R$ 1.302,82 por cabeça em julho de 2015, sendo 31,4% maior que idêntico período do ano anterior. “Com esses números, Mato Grosso obteve o segundo maior volume do ano, mostrando relativa recuperação na atividade da indústria”, exlicam os técnicos do instituto.
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