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Notícias / Meio Ambiente

Municípios que lideram desmatamento terão ‘presença forte’ do Estado

De Sinop - Alexandre Alves

 Os municípios de Colniza, Juara, Feliz Natal e São Felix do Araguaia receberão audiências públicas entre os meses de junho e julho, para tratar de prevenção e combate às queimadas. Os quatro estão no topo da lista de desmatamento ilegal em Mato Grosso, na região Amazônica, e passarão a ter ‘presença forte’ do Estado, segundo a secretária de Estado de Meio Ambiente, Ana Luiza Peterlini.

"Nós precisamos ir até a localidade dizer que estamos enxergando o que está acontecendo, e a ação precisa ser conjunta, coordenada e eficiente entre todos os parceiros porque se houve aumento do desmatamento isso indica que haverá maior incidência de fogo este ano", comentou a secretária, por meio da assessoria.

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O primeiro a receber o evento será Colniza (1.114 km a Noroeste de Cuiabá), que desmatou 14,5 mil hectares no ano passado e está em primeiro colocado no ranking do desmatamento, medido pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes). Também apresentou 7,5 mil focos de calor entre janeiro de dezembro de 2014, o segundo no ranking de queimadas.

Paralela a esta ação, o tenente coronel do Corpo de Bombeiros, Paulo da Silva Barroso, informou que visitará, a partir desta semana, os 23 municípios prioritários na lista de queimadas para iniciar os treinamentos de brigadistas que forem solicitados pelas prefeituras.

Já o secretário executivo do Comitê do Fogo, tenente coronel Hector Péricles, está organizando seminários em outras localidades para conscientização da população sobre os danos do uso do fogo, que compreendem empobrecimento do solo, perdas em vegetação, animais silvestres e principalmente prejuízos incalculáveis à saúde humana.

"As queimadas representam um problema para a sociedade, porque o ar que respiramos é o mesmo", avalia Péricles. Barroso é mais incisivo: "O conceito transformar requer chamar o cidadão para a responsabilidade, o Estado não dá conta sozinho".

Segundo a assessoria da Sema, o setor produtivo já colocou os 78 sindicatos rurais à disposição para as ações que precisarem ser realizadas.
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