Imprimir

Notícias / Meio Ambiente

Sete toneladas de peixes mortos são retiradas de rio durante incêndio

G1

 Cerca de sete toneladas de peixes mortos já foram retirados do Rio Casqueiro, em Cubatão (SP), após o incêndio que atingiu seis tanques de combustíveis na região da Alemoa, em Santos, no litoral de São Paulo.

De acordo com a analista ambiental do Ibama, Ana Angélica Alabarce, que acompanha os trabalhos no entorno da área atingida, os animais estão sendo recolhidos para um local adequado. A coleta ocorre desde a última sexta-feira (3), após milhares de peixes aparecerem junto à sujeira no Rio Casqueiro, que fica no bairro de mesmo nome, em Cubatão. O local é próximo à região atingida pelo incêndio.

“Estamos nos certificando que esses peixes não serão colocados à venda. Não podemos confirmar a causa da morte, pois ainda aguardamos laudos para saber se faltou oxigênio ou se a temperatura morna da água pode ter contribuído. Todo produto está sendo levado por uma empresa contratada pela Ultracargo para um local específico. Até o momento já foram retiradas sete toneladas”, explica a analista.

Nesta quarta-feira (8), a coordenadora do Ibama também sobrevoou a região e afirmou que a situação está controlada. “A situação é positiva, já que do alto não conseguimos identificar nenhuma mancha de poluição. Isso já é um grande avanço”, garante Ana Angélica.

Ela acredita que a redução da mortalidade dos peixes aconteça graças às medidas de contenção da água utilizada no combate às chamas. “Um processo a vácuo tem ajudado a conter essa água que sai do resfriamento dos tanques e está sendo armazenada em um reservatório. Essa medida tem impedido uma contaminação do canal", reforça a analista.

Na semana passada, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), que analisa amostras, já havia apontado uma relação entre o incidente e mortalidade. “São alterações de temperatura e saturação de oxigênio. Há uma diminuição significativa de oxigênio na água e o peixe, por não conseguir trazer o oxigênio, acaba morrendo”, diz o gerente da Cetesb, César Eduardo Padovan Valente.

Imprimir