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Desenquadramento de empresas do Prodeic pode trazer R$ 300 milhões aos cofres de MT

Da Redação - Viviane Petroli

 O desenquadramento de aproximadamente 20% das empresas contempladas pelo Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Prodeic), com redução de impostos, pode trazer de volta aos cofres de Mato Grosso entre R$ 250 milhões e R$ 300 milhões. Em 12 anos de programa 829 empresas foram beneficiadas. A suspensão será realizada em empresas com irregularidades sem solução. A expectativa do governo de Mato Grosso é em 120 dias realizar um check-list em todas as empresas do Prodeic.

Juntas as 829 empresas que estão dentro do Prodeic possuem uma projeção de investimento de R$ 20,876 bilhões e geração de 69.272 empregos diretos e 206.034 empregos indiretos.

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De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, Seneri Paludo, em um relatório parcial com amostra aleatória de 20 empresas constatou-se que 100% dos processos apresentavam falhas formais e 40% falhas legais. Além disso, 75% tinham falta de algum apontamento, como por exemplo ausência de assinatura em algum documento, empresas com outro benefício (além do Prodeic). “Há casos, que encontramos, de documentos que foram extraviados dentro da própria Secretaria. Iremos criar uma clausula de exclusão das empresas que estão irregulares , coisa que hoje não há”, revela Seneri Paludo.

Das 829 empresas beneficiadas pelo Prodeic, conforme levantamento da Sedec, 663 são indústrias de transformação e 89 comércio. A maior concentração de empresas dentro do programa estão em Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis.

“O programa é uma mola propulsora para o Estado. Mato Grosso abre mão de tributos para que renda e emprego sejam geradas pela empresa, bem como o desenvolvimento regional. Porém, não estamos vendo isso na prática, visto a concentração em Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis”, comenta Seneri Paludo.

Segundo o secretário da Sedec, o modelo de check-list que está sendo criado em Mato Grosso para as empresas do Prodeic é espelhado em modelos existentes em Goiás e Pernambuco. “Estamos adaptando para Mato Grosso”, salienta.
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