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Multinacionais avaliam notificação da Aprosoja-MT quanto ao milho Bt; Atualizada

Da Redação - Viviane Petroli

Das quatro multinacionais desenvolvedoras da biotecnologia do milho Bt apenas uma relata estar analisando a notificação extrajudicial encaminhada pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), enquanto uma ainda aguarda a notificação. A Dow AgroSciense, DuPont, Monsanto e a Syngenta foram notificadas pela Aprosoja-MT em decorrência a ineficiência de tecnologia transgênica de milho Bt.

De acordo com a Aprosoja-MT, a biotecnologia prometia resistência à lagartas, contudo verificou-se o contrário nas lavouras de milho em Mato Grosso nesta safra 2013/2014.

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Em nota a Dow AgroSciences declarou estar "analisando as alegações indicadas no documento e que se posicionará dentro do prazo legal". Enquanto a DuPont Pioneer®, salienta não ter recebido a notificação. "Por essa razão, a empresa reserva-se o direito de não se manifestar até o recebimento do documento e análise dos pontos levantados pela associação", frisou em nota a DuPont.

Também por meio de nota a Syngenta declara que as equipes técnicas da multinacional estão preparadas e à disposição dos produtores em caso de dúvidas e "prover soluções integradas". "A Syngenta é comprometida com a agricultura sustentável por meio da inovação no desenvolvimento de seus produtos, visando a excelência em qualidade. A biotecnologia tem sido um recurso eficiente para a produção agrícola. No entanto, não há apenas uma solução definitiva no controle de lagartas. É importante que sejam adotadas estratégias abrangentes para o controle da praga, tais como área de refúgio, rotação de culturas e tecnologias de proteção de cultivo".

Assim como a DuPont Pioneer®, a Monsanto informou à reportagem do Agro Olhar não ter recebido a notificação extrajudicial da associação representante dos produtores de soja e milho de Mato Grosso e que irá manifestar-se apenas "quando analisar os respectivos termos da notificação".

Monitoramento

A Dow AgroScienses salienta que desde o lançamento da tecnologia Bt no Brasil, no ano de 2009, ela possui um programa de monitoramento quanto ao desenvolvimento da tecnologia. "Da mesma forma, a companhia orienta os produtores rurais quanto à necessidade de adoção de um sistema de manejo integrado de pragas, que inclui, entre outras ações, o cultivo das áreas de refúgio que são essenciais para manter o equilíbrio das populações de pragas-alvo", pontua a Dow.

A DuPont também revela um monitoramento continuo, tanto que desde a constatação da resistência de lagarta do cartucho do milho (Spodoptera frugiperda) à proteína Cry1F a multinacional intensificou os trabalhos junto aos produtores, com manejos eficazes para estender a durabilidade da tecnologia. "É uma prática conduzida pela empresa desde o lançamento da tecnologia no país e que envolve o uso de várias ferramentas para o manejo e controle de pragas como o plantio das áreas de refúgio, monitoramento das lavouras, a aplicação de inseticidas além de outras práticas agronômicas que possam ser efetivas durante a safra. É uma prática conduzida pela empresa desde o lançamento da tecnologia no país e que envolve o uso de várias ferramentas para o manejo e controle de pragas como o plantio das áreas de refúgio, monitoramento das lavouras, a aplicação de inseticidas além de outras práticas agronômicas que possam ser efetivas durante a safra”, esclarece a DuPont.

Como o Agro Olhar já comentou, a Aprosoja-MT deu prazo de 10 dias para que as quatro multinacionais se manifestem quanto a soluções para as falhas a´resentadas pela tecnologia Bt. Na notificação extrajudicial a Aprosoja-MT pede ainda que seja apresentada uma forma de ressarcimento aos produtores de Mato Grosso que tiveram prejuízos.



Primeira atualização às 17h10. Segunda atualização às 20h53.
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